Emancipação e Educação no Capitalismo em Crise: a conservação do aprisionamento na aparência de liberdade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Dialectus |
Texto Completo: | http://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/5157 |
Resumo: | Este texto pretende discutir a diferença, em Marx, entre emancipação política e emancipação humana e a impossibilidade de uma educação emancipatória no interior da sociedade capitalista. A questão da emancipação é fundamental para a compreensão do discurso educacional da atualidade. A produção de seres humanos como força de trabalho passa inevitavelmente pela educação e por um discurso de emancipação e liberdade que é forjado naturalizando as relações sociais de exploração e expropriação. Neste processo, há o falseamento das verdadeiras condições materiais da crise do capital, ocultando relações sociais que levam o indivíduo não à emancipação humana, mas ao aprisionamento na dependência cada vez mais profunda ao trabalho explorado. Assim como a emancipação política não é um processo natural, mas histórico, a emancipação humana deve ser também uma construção histórica dos homens. Neste sentido, fica claro que os projetos educacionais ditos emancipatórios na atualidade dizem respeito a uma parcialidade, posto que uma educação realmente emancipatória teria de ir à raiz do processo educacional como síntese de múltiplas determinações e essa raiz é o próprio homem, a partir do trabalho, das relações históricas construídas e da perspectiva de superação da ordem social do capital. |
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