O MESTRE IGNORANTE DE JACQUES RANCIÈRE: UM CAMINHO PARA APRENDIZAGEM DA FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nogueira, Suédson Relva
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Neto, José Teixeira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Dialectus
Texto Completo: http://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/62612
Resumo: O texto aqui apresentado é um recorte da dissertação intitulada “Igualdade e emancipação: signos para se pensar a avaliação em filosofia a partir de O mestre ignorante de Jacques Rancière” defendida no Mestrado Profissional em Filosofia-PROF-FILO, Núcleo da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte-UERN em junho 2020. Nesse recorte, a pesquisa parte da provocação de Ceppas (2013) segundo o qual há espaço na Escola para o “anúncio da boa nova da emancipação” e que tal anúncio, assumido pelo filósofo-professor, é um “desafio pedagógico-político”. Ao assumir essa posição, a pesquisa questiona se é possível indicar um método para que o “anúncio da emancipação” na Escola possa ser feito segundo uma tonalidade inspirada em O mestre ignorante? Em um primeiro momento, a pesquisa reconhece que existe uma discussão sobre o “método” na obra citada; que é possível indicar no texto diversas maneiras para se referir ao “método Jacotot” e que é possível também especificar elementos do referido “método”. Porém, a pesquisa aponta restrições em O mestre ignorante para uma “tradução pedagógica” ou institucionalização do “método Jacotot”. Dessa forma, mais do que “criar” um novo método de aprendizagem da Filosofia, o objetivo do recorte que aqui apresentamos é indicar um caminho seguindo a narrativa da “experiência pedagógica” (RANCIÈRE, 2017, p. 32) de O mestre ignorante. Após a análise da bibliografia primária e secundária, a pesquisa apresenta oito passos ou movimentos para uma experiência com a Filosofia na Escola e, em sua última parte, amplia a discussão sobre o oitavo passo para pensar a avaliação da aprendizagem em Filosofia. Sobre esse último aspecto, a pesquisa conclui que se não cabe uma avaliação que verifique conhecimentos e conteúdos supostamente compreendidos ou não pelos estudantes, mas verificar o quanto o aluno buscou resolver a questão-problema colocada e como traduziu e deu palavra aos seus movimentos a partir da “coisa comum”, na avaliação o mestre deveria verificar o quanto de “atenção” e “vontade” o estudante coloca na sua “busca”.
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