Pós-Fordismo, trabalho imaterial, pós-política, classes antagônicas e ato educativo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Dialectus |
Texto Completo: | http://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/5147 |
Resumo: | As novas formas de divisão do trabalho e o processo de trabalho contemporâneo se caracterizam tanto por uma flexibilidade funcional quanto numérica do emprego da força de trabalho. O que existe de catastrófico nisto, do ponto de vista social, é o crescente descarte e a volatilidade das habilidades, funções e postos de trabalho. Assim, a insegurança no emprego, a possibilidade de demissões, a precarização dos contratos e a deterioração salarial e da renda do trabalho tornam-se práticas recorrentes e normais. Por outro lado, o ponto de vista que vê o “trabalho imaterial” como hegemônico e imediatamente revolucionário na atualidade – apostando que sua criatividade e mobilidade tende a libertá-lo do aprisionamento burocrático-estatal, fabril e empresarial rigidamente hierarquizado e centralizado – é aqui submetido a críticas. Na contramão da eufórica visão em relação ao “trabalho cognitivo”, emergem leituras marxianas que sustentam o seguinte: caso não ocorra simultaneamente uma ultrapassagem da dimensão performativa da democracia formal burguesa e uma superação irreversível das coordenadas sistêmicas do capital, o “trabalho imaterial” não conseguirá livrar-se da lógica da lei do valor. Por outro lado, no presente trabalho também são abordadas criticamente as “posições pós-políticas” que deixam para trás os velhos combates ideológicos e se centram na administração especializada, com o apoio em “práticas biopolíticas” de gestão social, em circunstâncias econômico-sociais restritivas. Por outro ângulo, no presente texto, a “luta de classes” é visualizada como antagonismo estrutural oculto que funciona como princípio estruturador, ou seja, como “universal concreto” de todo o campo de lutas e diferenças sociais. Por fim, trata-se aqui de apontar para o “ato político” e “educativo” que rompe com a constelação sócio-simbólica do capitalismo global existente. Ou seja, o ato político/pedagógico é incondicional, não no sentido de estar situado fora da história e fora do registro simbólico socialmente ancorado, mas de ser um ato surpreendente que é irredutível ao parâmetro e à moldura das condições opressivas dadas no capitalismo. |
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