ÉTHOS CRÍTICO E GOVERNAMENTALIDADE EM MICHEL FOUCAULT
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Dialectus |
Texto Completo: | http://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/31001 |
Resumo: | Será possível assinalar qual seja a principal questão para o exercício filosófico hoje? A este respeito, a resposta de Michel Foucault é direta: o diagnóstico crítico de nossa atualidade. Partindo desta posição do autor, o objetivo de nosso texto é discutir o sentido de Filosofia caracterizando-se como um exercício crítico e sua principal função: identificar o acontecimento relevante na atualidade, designando assim a atividade de diagnóstico como específica da filosofia. Partindo desta postura, a visão sobre o sentido de Filosofia deixa de ser uma mera adesão aos sistemas ou aos dogmas, caracterizando-se como um exercício crítico, com o objetivo de se buscar pensar diferentemente do que se pensa e o mais crucial ainda: identificar o acontecimento relevante na atualidade, passível de ser tratado filosoficamente. Nossa hipótese a ser trabalhada, parte da observação referente a um ativismo filosófico, ético e político, descrito como atitude ou, mais ainda, como um éthos na reflexão foucaultiana, que engloba todo o seu trabalho, mas que se torna mais pungente em sua, assim denominada, última fase ou fase ética, envolvendo a temática da governamentalidade. Partindo desta temática, discutiremos o vínculo entre ética e política, exatamente por se tratar da ligação entre liberdade, verdade, poder e resistência; destacando-se a relação entre a prática do governo dos outros e o exercício do governo de si. Possibilita analisar a articulação entre verdade, ação política e governamento, quando se trata de identificar a existência de uma atitude política que ganha o contorno de uma atitude ética em se recusar a ser governado de tal forma. Nesse momento, o autor se volta para o éthos crítico enquanto prática de liberdade como forma de recusa ao exercício de governamento excessivo na conduta dos indivíduos. |
id |
UFC-11_d22f9aa0c7601ec695094e0f61dd5a34 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:periodicos.ufc:article/31001 |
network_acronym_str |
UFC-11 |
network_name_str |
Revista Dialectus |
repository_id_str |
|
spelling |
ÉTHOS CRÍTICO E GOVERNAMENTALIDADE EM MICHEL FOUCAULTContra condutaÉthos CríticoGovernamentoLiberdadePolíticaSerá possível assinalar qual seja a principal questão para o exercício filosófico hoje? A este respeito, a resposta de Michel Foucault é direta: o diagnóstico crítico de nossa atualidade. Partindo desta posição do autor, o objetivo de nosso texto é discutir o sentido de Filosofia caracterizando-se como um exercício crítico e sua principal função: identificar o acontecimento relevante na atualidade, designando assim a atividade de diagnóstico como específica da filosofia. Partindo desta postura, a visão sobre o sentido de Filosofia deixa de ser uma mera adesão aos sistemas ou aos dogmas, caracterizando-se como um exercício crítico, com o objetivo de se buscar pensar diferentemente do que se pensa e o mais crucial ainda: identificar o acontecimento relevante na atualidade, passível de ser tratado filosoficamente. Nossa hipótese a ser trabalhada, parte da observação referente a um ativismo filosófico, ético e político, descrito como atitude ou, mais ainda, como um éthos na reflexão foucaultiana, que engloba todo o seu trabalho, mas que se torna mais pungente em sua, assim denominada, última fase ou fase ética, envolvendo a temática da governamentalidade. Partindo desta temática, discutiremos o vínculo entre ética e política, exatamente por se tratar da ligação entre liberdade, verdade, poder e resistência; destacando-se a relação entre a prática do governo dos outros e o exercício do governo de si. Possibilita analisar a articulação entre verdade, ação política e governamento, quando se trata de identificar a existência de uma atitude política que ganha o contorno de uma atitude ética em se recusar a ser governado de tal forma. Nesse momento, o autor se volta para o éthos crítico enquanto prática de liberdade como forma de recusa ao exercício de governamento excessivo na conduta dos indivíduos.Universidade Federal do Ceará (UFC)2017-12-29info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/3100110.30611/2017n11id31001Revista Dialectus - Revista de Filosofia; n. 11 (2017): Dossiê Michel Foucault2317-201010.30611/2017n11reponame:Revista Dialectusinstname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFCporhttp://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/31001/71625Seixas, Rogério Luís da Rochainfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-06-15T01:23:51Zoai:periodicos.ufc:article/31001Revistahttp://periodicos.ufc.br/dialectusPUBhttp://periodicos.ufc.br/dialectus/oaidialectus@ufc.br||ef.chagas@uol.com.br||revistadialectus@yahoo.com2317-20102317-2010opendoar:2020-06-15T01:23:51Revista Dialectus - Universidade Federal do Ceará (UFC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
ÉTHOS CRÍTICO E GOVERNAMENTALIDADE EM MICHEL FOUCAULT |
title |
ÉTHOS CRÍTICO E GOVERNAMENTALIDADE EM MICHEL FOUCAULT |
spellingShingle |
ÉTHOS CRÍTICO E GOVERNAMENTALIDADE EM MICHEL FOUCAULT Seixas, Rogério Luís da Rocha Contra conduta Éthos Crítico Governamento Liberdade Política |
title_short |
ÉTHOS CRÍTICO E GOVERNAMENTALIDADE EM MICHEL FOUCAULT |
title_full |
ÉTHOS CRÍTICO E GOVERNAMENTALIDADE EM MICHEL FOUCAULT |
title_fullStr |
ÉTHOS CRÍTICO E GOVERNAMENTALIDADE EM MICHEL FOUCAULT |
title_full_unstemmed |
ÉTHOS CRÍTICO E GOVERNAMENTALIDADE EM MICHEL FOUCAULT |
title_sort |
ÉTHOS CRÍTICO E GOVERNAMENTALIDADE EM MICHEL FOUCAULT |
author |
Seixas, Rogério Luís da Rocha |
author_facet |
Seixas, Rogério Luís da Rocha |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Seixas, Rogério Luís da Rocha |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Contra conduta Éthos Crítico Governamento Liberdade Política |
topic |
Contra conduta Éthos Crítico Governamento Liberdade Política |
description |
Será possível assinalar qual seja a principal questão para o exercício filosófico hoje? A este respeito, a resposta de Michel Foucault é direta: o diagnóstico crítico de nossa atualidade. Partindo desta posição do autor, o objetivo de nosso texto é discutir o sentido de Filosofia caracterizando-se como um exercício crítico e sua principal função: identificar o acontecimento relevante na atualidade, designando assim a atividade de diagnóstico como específica da filosofia. Partindo desta postura, a visão sobre o sentido de Filosofia deixa de ser uma mera adesão aos sistemas ou aos dogmas, caracterizando-se como um exercício crítico, com o objetivo de se buscar pensar diferentemente do que se pensa e o mais crucial ainda: identificar o acontecimento relevante na atualidade, passível de ser tratado filosoficamente. Nossa hipótese a ser trabalhada, parte da observação referente a um ativismo filosófico, ético e político, descrito como atitude ou, mais ainda, como um éthos na reflexão foucaultiana, que engloba todo o seu trabalho, mas que se torna mais pungente em sua, assim denominada, última fase ou fase ética, envolvendo a temática da governamentalidade. Partindo desta temática, discutiremos o vínculo entre ética e política, exatamente por se tratar da ligação entre liberdade, verdade, poder e resistência; destacando-se a relação entre a prática do governo dos outros e o exercício do governo de si. Possibilita analisar a articulação entre verdade, ação política e governamento, quando se trata de identificar a existência de uma atitude política que ganha o contorno de uma atitude ética em se recusar a ser governado de tal forma. Nesse momento, o autor se volta para o éthos crítico enquanto prática de liberdade como forma de recusa ao exercício de governamento excessivo na conduta dos indivíduos. |
publishDate |
2017 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2017-12-29 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/31001 10.30611/2017n11id31001 |
url |
http://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/31001 |
identifier_str_mv |
10.30611/2017n11id31001 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
http://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/31001/71625 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Ceará (UFC) |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Ceará (UFC) |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Dialectus - Revista de Filosofia; n. 11 (2017): Dossiê Michel Foucault 2317-2010 10.30611/2017n11 reponame:Revista Dialectus instname:Universidade Federal do Ceará (UFC) instacron:UFC |
instname_str |
Universidade Federal do Ceará (UFC) |
instacron_str |
UFC |
institution |
UFC |
reponame_str |
Revista Dialectus |
collection |
Revista Dialectus |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Dialectus - Universidade Federal do Ceará (UFC) |
repository.mail.fl_str_mv |
dialectus@ufc.br||ef.chagas@uol.com.br||revistadialectus@yahoo.com |
_version_ |
1798320184786681856 |