Marx crítico de Hegel: para além da democracia como consciência infantil da razão
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Dialectus |
Texto Completo: | http://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/5133 |
Resumo: | Hegel buscou em seus Princípios da Filosofia do Direito uma resolução para a antinomia moderna entre Estado e sociedade civil esboçada numa Filosofia da História particular, a qual desenvolvera uma irreconciliável oposição entre liberdade real e democracia. Tais Princípios logo chamarão a atenção do Marx republicano no momento em que este tensionava-se com a dialética hegeliana e os movimentos comunistas que insurgiam na França. Para Hegel, a razão mais filosófica teria ultrapassado o momento da República Democrática porque esta fora a razão em sua consciência infantil obrigando-a a realizar-se absolutamente consciente apenas numa unidade madura de uma Monarquia Constitucional. Para Marx, entretanto, a irrevogabilidade da perdição da inocência de Hegel é antes a admissão de uma irrevogabilidade do domínio da propriedade privada, a qual fundamentara a ilusão de uma solução formal como solução real. A Crítica à Filosofia do Direito de Hegel de Marx indicará que apenas a dissolução do interesse público como uma forma em si traria a liberdade humana efetiva e que o aprofundamento da democracia demandaria justamente tal dissolução ao desenvolver a dissolução da propriedade privada em seu caráter de interesse público. |
id |
UFC-11_d34967000774a955deaa683ca048bef6 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:periodicos.ufc:article/5133 |
network_acronym_str |
UFC-11 |
network_name_str |
Revista Dialectus |
repository_id_str |
|
spelling |
Marx crítico de Hegel: para além da democracia como consciência infantil da razãoHegel buscou em seus Princípios da Filosofia do Direito uma resolução para a antinomia moderna entre Estado e sociedade civil esboçada numa Filosofia da História particular, a qual desenvolvera uma irreconciliável oposição entre liberdade real e democracia. Tais Princípios logo chamarão a atenção do Marx republicano no momento em que este tensionava-se com a dialética hegeliana e os movimentos comunistas que insurgiam na França. Para Hegel, a razão mais filosófica teria ultrapassado o momento da República Democrática porque esta fora a razão em sua consciência infantil obrigando-a a realizar-se absolutamente consciente apenas numa unidade madura de uma Monarquia Constitucional. Para Marx, entretanto, a irrevogabilidade da perdição da inocência de Hegel é antes a admissão de uma irrevogabilidade do domínio da propriedade privada, a qual fundamentara a ilusão de uma solução formal como solução real. A Crítica à Filosofia do Direito de Hegel de Marx indicará que apenas a dissolução do interesse público como uma forma em si traria a liberdade humana efetiva e que o aprofundamento da democracia demandaria justamente tal dissolução ao desenvolver a dissolução da propriedade privada em seu caráter de interesse público.Universidade Federal do Ceará (UFC)2016-10-06info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/513310.30611/2013n3id5133Revista Dialectus - Revista de Filosofia; n. 3 (2013): Fluxo Contínuo2317-201010.30611/2013n3reponame:Revista Dialectusinstname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFCporhttp://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/5133/3765Vieira, Júlia Lemosinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-07-05T21:46:58Zoai:periodicos.ufc:article/5133Revistahttp://periodicos.ufc.br/dialectusPUBhttp://periodicos.ufc.br/dialectus/oaidialectus@ufc.br||ef.chagas@uol.com.br||revistadialectus@yahoo.com2317-20102317-2010opendoar:2020-07-05T21:46:58Revista Dialectus - Universidade Federal do Ceará (UFC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Marx crítico de Hegel: para além da democracia como consciência infantil da razão |
title |
Marx crítico de Hegel: para além da democracia como consciência infantil da razão |
spellingShingle |
Marx crítico de Hegel: para além da democracia como consciência infantil da razão Vieira, Júlia Lemos |
title_short |
Marx crítico de Hegel: para além da democracia como consciência infantil da razão |
title_full |
Marx crítico de Hegel: para além da democracia como consciência infantil da razão |
title_fullStr |
Marx crítico de Hegel: para além da democracia como consciência infantil da razão |
title_full_unstemmed |
Marx crítico de Hegel: para além da democracia como consciência infantil da razão |
title_sort |
Marx crítico de Hegel: para além da democracia como consciência infantil da razão |
author |
Vieira, Júlia Lemos |
author_facet |
Vieira, Júlia Lemos |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Vieira, Júlia Lemos |
description |
Hegel buscou em seus Princípios da Filosofia do Direito uma resolução para a antinomia moderna entre Estado e sociedade civil esboçada numa Filosofia da História particular, a qual desenvolvera uma irreconciliável oposição entre liberdade real e democracia. Tais Princípios logo chamarão a atenção do Marx republicano no momento em que este tensionava-se com a dialética hegeliana e os movimentos comunistas que insurgiam na França. Para Hegel, a razão mais filosófica teria ultrapassado o momento da República Democrática porque esta fora a razão em sua consciência infantil obrigando-a a realizar-se absolutamente consciente apenas numa unidade madura de uma Monarquia Constitucional. Para Marx, entretanto, a irrevogabilidade da perdição da inocência de Hegel é antes a admissão de uma irrevogabilidade do domínio da propriedade privada, a qual fundamentara a ilusão de uma solução formal como solução real. A Crítica à Filosofia do Direito de Hegel de Marx indicará que apenas a dissolução do interesse público como uma forma em si traria a liberdade humana efetiva e que o aprofundamento da democracia demandaria justamente tal dissolução ao desenvolver a dissolução da propriedade privada em seu caráter de interesse público. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-10-06 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/5133 10.30611/2013n3id5133 |
url |
http://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/5133 |
identifier_str_mv |
10.30611/2013n3id5133 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
http://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/5133/3765 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Ceará (UFC) |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Ceará (UFC) |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Dialectus - Revista de Filosofia; n. 3 (2013): Fluxo Contínuo 2317-2010 10.30611/2013n3 reponame:Revista Dialectus instname:Universidade Federal do Ceará (UFC) instacron:UFC |
instname_str |
Universidade Federal do Ceará (UFC) |
instacron_str |
UFC |
institution |
UFC |
reponame_str |
Revista Dialectus |
collection |
Revista Dialectus |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Dialectus - Universidade Federal do Ceará (UFC) |
repository.mail.fl_str_mv |
dialectus@ufc.br||ef.chagas@uol.com.br||revistadialectus@yahoo.com |
_version_ |
1814253406218354689 |