NIILISMO À PROVA DOS NOVE: HÁ SENTIDO EM SE FALAR DE “NIILISMO” NO PENSAMENTO INDÍGENA?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Dialectus |
Texto Completo: | http://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/92053 |
Resumo: | Neste ensaio, busca-se pensar de que forma a questão do niilismo é enfrentada pelo pensamento de povos indígenas das terras baixas da América do Sul: se interpretarmos o niilismo como perda de parâmetros diante da “morte de Deus”, que sentido o problema do niilismo faz para povos que não estipularam um Deus unitário como fundamento axiológico? Para desdobrar essa questão, fez-se uso da obra Ideias para adiar o fim do mundo, de Ailton Krenak, bem como de referenciais antropológicos e filosóficos a respeito de temas como niilismo, sacralidade, alegria, natureza, ciência e técnica. O artigo se desenvolve em quatro partes: em I, faz-se uma breve descrição do que Pelbart denominou “travessia do niilismo”; em II, levanta-se o questionamento central deste ensaio, trazendo à tona o conceito de “sobrenatureza” como principal operador ontológico do pensamento ameríndio; em III, examina-se as diferentes relações com a alteridade “natural” entre o pensamento indígena e o pensamento ocidental; e em IV, por fim, compara-se as metáforas das “conchas coloridas”, de Nietzsche, e dos “paraquedas coloridos”, de Ailton Krenak, em um debate sobre niilismo e Antropoceno, momento em que a noção de “riso”, levantada por P. Clastres a partir de mitos chulupi, orienta a reflexão sobre o papel da “gaia ciência” no pensamento indígena. |
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NIILISMO À PROVA DOS NOVE: HÁ SENTIDO EM SE FALAR DE “NIILISMO” NO PENSAMENTO INDÍGENA?Ailton KrenakAntropocenoMorte de DeusNietzscheSagradoNeste ensaio, busca-se pensar de que forma a questão do niilismo é enfrentada pelo pensamento de povos indígenas das terras baixas da América do Sul: se interpretarmos o niilismo como perda de parâmetros diante da “morte de Deus”, que sentido o problema do niilismo faz para povos que não estipularam um Deus unitário como fundamento axiológico? Para desdobrar essa questão, fez-se uso da obra Ideias para adiar o fim do mundo, de Ailton Krenak, bem como de referenciais antropológicos e filosóficos a respeito de temas como niilismo, sacralidade, alegria, natureza, ciência e técnica. O artigo se desenvolve em quatro partes: em I, faz-se uma breve descrição do que Pelbart denominou “travessia do niilismo”; em II, levanta-se o questionamento central deste ensaio, trazendo à tona o conceito de “sobrenatureza” como principal operador ontológico do pensamento ameríndio; em III, examina-se as diferentes relações com a alteridade “natural” entre o pensamento indígena e o pensamento ocidental; e em IV, por fim, compara-se as metáforas das “conchas coloridas”, de Nietzsche, e dos “paraquedas coloridos”, de Ailton Krenak, em um debate sobre niilismo e Antropoceno, momento em que a noção de “riso”, levantada por P. Clastres a partir de mitos chulupi, orienta a reflexão sobre o papel da “gaia ciência” no pensamento indígena.Universidade Federal do Ceará (UFC)2023-08-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/9205310.30611/2023n30id92053Revista Dialectus - Revista de Filosofia; v. 30 n. 30 (2023): Dossiê Niilismo Vol. II; 160-1802317-201010.30611/2023n30reponame:Revista Dialectusinstname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFCporhttp://periodicos.ufc.br/dialectus/article/view/92053/249679Copyright (c) 2023 Maurício Fernando Pittainfo:eu-repo/semantics/openAccessPitta, Maurício Fernando2023-08-31T02:10:47Zoai:periodicos.ufc:article/92053Revistahttp://periodicos.ufc.br/dialectusPUBhttp://periodicos.ufc.br/dialectus/oaidialectus@ufc.br||ef.chagas@uol.com.br||revistadialectus@yahoo.com2317-20102317-2010opendoar:2023-08-31T02:10:47Revista Dialectus - Universidade Federal do Ceará (UFC)false |
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