A construção do abandono como traço identitário dos filhos adotivos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Psicologia (Fortaleza. Online) |
Texto Completo: | http://www.periodicos.ufc.br/psicologiaufc/article/view/18899 |
Resumo: | A adoção é um tema complexo e multifacetado. Por razões históricas e culturais, algumas vezes, reporta-se a ideia de que os filhos adotivos vivenciam um drama e possuem a marca do abandono em suas identidades. Para a Psicologia Social Discursiva e teóricos pós-estruturalistas, as identidades são construídas através das práticas sociais, discursivas e são objetos negociados e disputados por diferentes discursos. Assim, analisamos discursos da mídia e de pessoas que trabalham em prol da adoção, procurando compreender os seus posicionamentos diante da suposta relação entre adoção e abandono na identidade dos filhos adotivos e a natureza dos argumentos que mobilizam nesses posicionamentos. Posto isso, realizamos entrevistas semiestruturada com militantes de dois grupos de apoio à adoção (GAA), coleta do material discursivo disponibilizado no site da Associação Nacional de Grupos de Apoio à Adoção (ANGAAD) e matérias do Jornal Folha de S. Paulo. Na análise foi utilizado o referencial teórico-metodológico da Psicologia Social Discursiva, a qual dispensa uma especial atenção às ações realizadas com o uso da linguagem. Os resultados indicam que o abandono é construído como um atributo central na identidade dos filhos adotivos, especialmente na mídia, porém aparece de maneira ambígua nos relatos dos militantes da adoção. |
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