Helmintofauna parasitária em gatos errantes de Lages, Santa Catarina, Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de higiene e sanidade animal |
Texto Completo: | http://www.higieneanimal.ufc.br/seer/index.php/higieneanimal/article/view/620 |
Resumo: | Os gatos são hospedeiros de diversos helmintos que, além da patogenia para os animais, podem representar riscos para a saúde pública uma vez que alguns destes helmintos apresentam potencial zoonótico. De maio de 2012 a dezembro de 2014, 97 gatos errantes, mantidos no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da cidade de Lages, estado de Santa Catarina, vieram á óbito. Na necropsia, pulmão, estômago, vesícula biliar, fígado, intestinos delgado e grosso foram separados e fixados em formaldeído a 10% e encaminhados para o diagnóstico histopatológico (HE). Amostras fecais foram analisadas pelos métodos de sedimentação e flutuação simples. Os helmintos coletados durante a necropsia foram identificados e os nemathelminthes separados por sexo. Foram calculadas a amplitude de infecção, prevalência, abundância e intensidade média. A presença de helmintos foi diagnosticada em 73 (75,26%) dos gatos necropsiados, sendo que somente no intestino delgado foram encontrados parasitos. Foram identificados Toxocara cati, Toxascaris leonina, Ancylostoma tubaeforme, Dipylidium caninum, Spirometra mansonoides e Taenia taeniformis. O nematódeo mais prevalente foi Toxocara cati (49,48%), já D. caninum foi o cestódeo mais identificado em 38,14% dos gatos com amplitude parasitária entre um a 156 espécimes por animal. Nas amostras fecais ovos de Toxocara spp. foram diagnosticados em 30,93% (30/97) e 25,77% (25/97) pelos métodos de sedimentação e flutuação respectivamente; já cápsulas ovígeras de D. caninum foram diagnosticadas em 5,40% (2/37) pelo método se sedimentação. Os demais parasitos apresentaram menor ocorrência. Os resultados deste estudo reforçam a importância de gatos errantes na epidemiologia dos parasitos gastrintestinais e com potencial zoonótico e demonstram que nem sempre as técnicas coproparasitológicas identificam todos os parasitos que estes animais hospedam. |
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Helmintofauna parasitária em gatos errantes de Lages, Santa Catarina, BrasilCentro de Controle de Zoonoses (CCZ), Gatos errantes, Helmintos gastrintestinais; Saúde pública.Os gatos são hospedeiros de diversos helmintos que, além da patogenia para os animais, podem representar riscos para a saúde pública uma vez que alguns destes helmintos apresentam potencial zoonótico. De maio de 2012 a dezembro de 2014, 97 gatos errantes, mantidos no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da cidade de Lages, estado de Santa Catarina, vieram á óbito. Na necropsia, pulmão, estômago, vesícula biliar, fígado, intestinos delgado e grosso foram separados e fixados em formaldeído a 10% e encaminhados para o diagnóstico histopatológico (HE). Amostras fecais foram analisadas pelos métodos de sedimentação e flutuação simples. Os helmintos coletados durante a necropsia foram identificados e os nemathelminthes separados por sexo. Foram calculadas a amplitude de infecção, prevalência, abundância e intensidade média. A presença de helmintos foi diagnosticada em 73 (75,26%) dos gatos necropsiados, sendo que somente no intestino delgado foram encontrados parasitos. Foram identificados Toxocara cati, Toxascaris leonina, Ancylostoma tubaeforme, Dipylidium caninum, Spirometra mansonoides e Taenia taeniformis. O nematódeo mais prevalente foi Toxocara cati (49,48%), já D. caninum foi o cestódeo mais identificado em 38,14% dos gatos com amplitude parasitária entre um a 156 espécimes por animal. Nas amostras fecais ovos de Toxocara spp. foram diagnosticados em 30,93% (30/97) e 25,77% (25/97) pelos métodos de sedimentação e flutuação respectivamente; já cápsulas ovígeras de D. caninum foram diagnosticadas em 5,40% (2/37) pelo método se sedimentação. Os demais parasitos apresentaram menor ocorrência. Os resultados deste estudo reforçam a importância de gatos errantes na epidemiologia dos parasitos gastrintestinais e com potencial zoonótico e demonstram que nem sempre as técnicas coproparasitológicas identificam todos os parasitos que estes animais hospedam. Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal2021-04-07info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://www.higieneanimal.ufc.br/seer/index.php/higieneanimal/article/view/62010.5935/rbhsa.v15i1.620Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal; v. 15, n. 1 (2021); 1-10reponame:Revista brasileira de higiene e sanidade animalinstname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFCporhttp://www.higieneanimal.ufc.br/seer/index.php/higieneanimal/article/view/620/3105Quadros, Rosiléia Marinho de; Universidade do Planalto Catarinense)Trevisani, Natascha; UNOCHAPECÓ.Moura, Anderson Barbosa de; CAV-UDESC – Lages, SC.Ramos, Carlos José Raupp; Universidade Federal da Fronteira Sulinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-10-29T13:39:01Zoai:ojs.www.higieneanimal.ufc.br:article/620Revistahttp://www.higieneanimal.ufc.br/PUBhttp://www.higieneanimal.ufc.br/seer/index.php/higieneanimal/oaiwesleylyeverton@yahoo.com.br||ronaldo.sales@ufc.br1981-29651981-2965opendoar:2023-10-29T13:39:01Revista brasileira de higiene e sanidade animal - Universidade Federal do Ceará (UFC)false |
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