Sobre Animais Abandonados e Pessoas que Lidam com eles: O Papel dos Clínicos Veterinários: Uma Revisão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: de Oliveira, Diana Magalhães; Universidade Estadual do Ceará
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: da Silva, Maria Cristina; Universidade Estadual do Ceará
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de higiene e sanidade animal
Texto Completo: http://www.higieneanimal.ufc.br/seer/index.php/higieneanimal/article/view/42
Resumo: A superpopulação de cães e gatos errantes, mais do que quaisquer outras espécies animais, é um problema vivido por muitos centros urbanos em todo o mundo; na maioria dos casos, o triste destino desses animais é a eutanásia. Mudar esse quadro é um dos grandes desafios que se apresentam no século XXI e isso só será alcançado com medidas efetivas ensejadas por políticas públicas e iniciativas populares. Tais animais errantes atuam como propulsores de contaminações, poluição ambiental e, sobretudo, doenças iminentes à saúde pública, zoonoses. Independente da visão que se tenha sobre o tema, há, de fato e de consenso, uma grande preocupação em se encontrar uma alternativa urgente para a presente situação paradoxal de a) abandono sistemático e superpopulação de animais e b) conivência de proprietários não-assumidos, a qual resolvemos aqui denominar de “Tríade ABANDONO - PROPRIEDADE NÃO-ASSUMIDA – AGRESSÃO”. O papel do médico veterinário é apresentado e discutido aqui, enquanto estratégico e decisivo para que novas práticas, mais racionais e pró-ativas, passem a vigorar na questão (verdadeiro dilema) dos animais de estimação errantes. Medidas higiênico-sanitárias e de controle populacional, como programas sistemáticos de castração, de registro animal e outras, são discutidas. Se há uma fórmula perfeita para o nosso papel, não sabemos, mas certamente faz-se necessário um maior esforço para se pensar coletiva-, profissional- e solidariamente sobre o reconhecimento do sofrimento animal. O convite está feito, a demanda é genuína e exige uma mudança de paradigma, tanto da nossa parte (como veterinários) quanto dos proprietários (assumidos ou não). Os animais abandonados, inocentes vítimas de uma realidade imposta pela sociedade moderna, agradecem a nossa assistência! Mas não esqueçamos nunca da nossa profissão: assistência sim, assistencialismo não!
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Independente da visão que se tenha sobre o tema, há, de fato e de consenso, uma grande preocupação em se encontrar uma alternativa urgente para a presente situação paradoxal de a) abandono sistemático e superpopulação de animais e b) conivência de proprietários não-assumidos, a qual resolvemos aqui denominar de “Tríade ABANDONO - PROPRIEDADE NÃO-ASSUMIDA – AGRESSÃO”. O papel do médico veterinário é apresentado e discutido aqui, enquanto estratégico e decisivo para que novas práticas, mais racionais e pró-ativas, passem a vigorar na questão (verdadeiro dilema) dos animais de estimação errantes. Medidas higiênico-sanitárias e de controle populacional, como programas sistemáticos de castração, de registro animal e outras, são discutidas. Se há uma fórmula perfeita para o nosso papel, não sabemos, mas certamente faz-se necessário um maior esforço para se pensar coletiva-, profissional- e solidariamente sobre o reconhecimento do sofrimento animal. O convite está feito, a demanda é genuína e exige uma mudança de paradigma, tanto da nossa parte (como veterinários) quanto dos proprietários (assumidos ou não). Os animais abandonados, inocentes vítimas de uma realidade imposta pela sociedade moderna, agradecem a nossa assistência! Mas não esqueçamos nunca da nossa profissão: assistência sim, assistencialismo não!The stray pet overpopulation, where thousands upon thousands of puppies and kittens are born because of the uncontrolled breeding of abandoned companion animals, has become a serious crisis in almost all great urban centers around the world; not rarely millions of these animals are euthanized because there are not enough homes for them. To change this picture will be a key challenge in the XXI century and this will require effective measures performed by public and private politics. Abandoned and stray companion animals that survive in the streets and alleys of cities and suburbs pose a health threat to humans and other animals. The public health epidemic of stray pets has drawn an enormous amount of dangerous risks as vectors of diseases known as zoonoses and of environment pollution. Regardless of which opinion one has about stray pets, there is a shared, serious concern about the current paradox of: a) continuous abandon and overpopulation, and b) covenant of non-declared owners; circumstances we have named as the vicious circle “ABANDON – NON-DECLARED OWNERSHIP – CRUELTY”. The veterinarian role is posed and discussed here, as a key one towards new positions and attitudes for solving the stray pets crisis, a true dilemma we should say. Proven health and control measurements, such as trap-neuter programs and new methods for animal identification/registry, among others, are already available. Whether a perfect formula for our (veterinarian) role on this issue is possible, we are not aware, but definitely we ought to jointly struggle on the way to a more professional and caring look over the recognition of such animal suffering. The invitation is made; the claim is indeed legitimate and it requires a paradigm shift in the thinking of both veterinarians and the owners (or those who abandon their pets). The neglected pets, which are the only completely not guilty victims of the crisis, will deeply appreciate our assist! But let’s not ever forget our professional side: to assist as in specialized care, not as in an unethical pity!Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal2013-01-24info:eu-repo/semantics/articleAvaliado pelos paresinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://www.higieneanimal.ufc.br/seer/index.php/higieneanimal/article/view/4210.5935/rbhsa.v2i1.42Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal; v. 2, n. 1 (2008); 56-79reponame:Revista brasileira de higiene e sanidade animalinstname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFCporhttp://www.higieneanimal.ufc.br/seer/index.php/higieneanimal/article/view/42/2216de Oliveira, Diana Magalhães; Universidade Estadual do Cearáda Silva, Maria Cristina; Universidade Estadual do Cearáinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-06-26T00:02:14Zoai:ojs.www.higieneanimal.ufc.br:article/42Revistahttp://www.higieneanimal.ufc.br/PUBhttp://www.higieneanimal.ufc.br/seer/index.php/higieneanimal/oaiwesleylyeverton@yahoo.com.br||ronaldo.sales@ufc.br1981-29651981-2965opendoar:2024-06-26T00:02:14Revista brasileira de higiene e sanidade animal - Universidade Federal do Ceará (UFC)false
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