Miastenia gravis canina: Um diagnóstico diferencial para doenças infecciosas de origem neurológica. Relato de Caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gadêlha, Kamylla Moura; Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró, RN, Brasil
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Oliveira, Ilanna Vanessa Pristo de Medeiros; Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró, RN, Brasil., Macêdo, Luã Barbalho de; Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró, RN, Brasil., Pimentel, Muriel Magda Lustosa; Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró, RN, Brasil., Calado, Eraldo Barbosa; Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró, RN, Brasil., Costa, Mirela Tinucci; Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Jaboticabal, SP, Brasil, Filgueira, Kilder Dantas; Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró, RN, Brasil.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de higiene e sanidade animal
Texto Completo: http://www.higieneanimal.ufc.br/seer/index.php/higieneanimal/article/view/281
Resumo: A Miastenia gravis (MG) é uma desordem neuromuscular causada por uma redução no número de receptores nicotínicos funcionais de acetilcolina na membrana pós-sináptica. Algumas doenças neurológicas infecciosas podem mimetizar o quadro. O trabalho objetivou descrever um caso de MG na espécie canina, explicitando a conduta no diagnóstico e terapia, além de realizar o discernimento para as principais doenças infecciosas, de repercussão neurológica, que possam apresentar sintomatologia similar. Um canino, macho, com oito meses de idade, sem raça definida, possuía histórico de ataxia e alterações de vocalização. Ao exame físico, o paciente apresentava ataxia, paresia e atrofia muscular dos membros, com tetraparesia flácida. O animal estava consciente, com movimento de cauda presente. Foram executados testes sorológicos para detecção de toxoplasmose e neosporose e ambos exibiram-se negativos. Em virtude da exclusão de possíveis diagnósticos infecciosos presuntivos, estabeleceu-se a suspeita clínica de MG adquirida. Realizou-se infusão endovenosa de 20 μg.kg-1 de anticolinesterásico (metilsulfato de neostigmina). Após quatro minutos, houve melhora clínica e o cão retornou a deambulação, confirmando-se assim o diagnóstico terapêutico e definitivo de MG adquirida. Em seguida, o tratamento ambulatorial preconizado equivaleu à administração do brometo de piridostigmina, na dose de 2 mg.kg-1, via oral, a cada oito horas, até novas recomendações. Torna-se fundamental considerar a MG dentro os diagnósticos diferenciais das neuropatias infecciosas caninas. Uma vez estabelecido um correto diagnóstico e instituindo-se um protocolo de tratamento, haverá um reflexo positivo sobre o prognóstico.  
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Macêdo, Luã Barbalho de; Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró, RN, Brasil.
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