Micareta e Identidade Cultural
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Ciências Sociais |
Texto Completo: | http://www.periodicos.ufc.br/revcienso/article/view/42808 |
Resumo: | Desde os anos 60, a organização dos folguedos populares vem se modemizando e se inserindo numa lógica mercantil. Esse processo chega, a partir dos anos 90,ao ponto de serem criadas (ou re-criadas)festas "fora de época" ou desligadas de suas raízes tradicionais (Micaretas, Oktoberfest, São João, Bois...). No caso dasmicaretas,o interessesociológico vem do sucesso que algumas delas, como o Fortal,conseguem obter junto a segmentos da poputação que não pertencem às classes abastadas. Além do efeito de moda que deu origem a estes eventos, seusucesso estaria ligado também a imagem que conferem ao folião, tanto pipoca como membro do bloco: a de um indivíduo "festeiro", "animadíssimo", "na moda". Essaimagem se contrapõe a imagem tradicional do Nordestino, a do migrante "cabeça-chata" e seria avertente sociocultural do "novo Nordeste" que está sendo, desde os primórdios da década, redescoberto tanto pelo turismo quanto pelasindústrias.À tradicional identidade estigmatizada, as micaretas oferecem umaltemativabastante atraente para a garotada nordestina: uma nova identidade cultural, inspirada no atual modelo camavalesco. |
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Micareta e Identidade Cultural Desde os anos 60, a organização dos folguedos populares vem se modemizando e se inserindo numa lógica mercantil. Esse processo chega, a partir dos anos 90,ao ponto de serem criadas (ou re-criadas)festas "fora de época" ou desligadas de suas raízes tradicionais (Micaretas, Oktoberfest, São João, Bois...). No caso dasmicaretas,o interessesociológico vem do sucesso que algumas delas, como o Fortal,conseguem obter junto a segmentos da poputação que não pertencem às classes abastadas. Além do efeito de moda que deu origem a estes eventos, seusucesso estaria ligado também a imagem que conferem ao folião, tanto pipoca como membro do bloco: a de um indivíduo "festeiro", "animadíssimo", "na moda". Essaimagem se contrapõe a imagem tradicional do Nordestino, a do migrante "cabeça-chata" e seria avertente sociocultural do "novo Nordeste" que está sendo, desde os primórdios da década, redescoberto tanto pelo turismo quanto pelasindústrias.À tradicional identidade estigmatizada, as micaretas oferecem umaltemativabastante atraente para a garotada nordestina: uma nova identidade cultural, inspirada no atual modelo camavalesco.Universidade Federal do Ceará2019-11-29info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://www.periodicos.ufc.br/revcienso/article/view/42808Revista de Ciências Sociais (Social Sciences' Journal); Vol. 28 No. 1/2 (1997): Processos Culturais e Práticas Políticas; 127 a 136Revista de Ciências Sociais (Revista de Ciencias Sociales); Vol. 28 Núm. 1/2 (1997): Processos Culturais e Práticas Políticas; 127 a 136Revista de Ciências Sociais; v. 28 n. 1/2 (1997): Processos Culturais e Práticas Políticas; 127 a 1362318-46200041-8862reponame:Revista de Ciências Sociaisinstname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFCporhttp://www.periodicos.ufc.br/revcienso/article/view/42808/100009Copyright (c) 2019 Revista de Ciências Sociaisinfo:eu-repo/semantics/openAccessGaudin, Benoit2020-08-10T18:24:14Zoai:periodicos.ufc:article/42808Revistahttp://periodicos.ufc.br/revciensoPUBhttp://www.periodicos.ufc.br/index.php/revcienso/oai||rcs.ufc@gmail.com|| cunhafilho@ufc.br2318-46200041-8862opendoar:2020-08-10T18:24:14Revista de Ciências Sociais - Universidade Federal do Ceará (UFC)false |
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