Novos Pobres. O Que Há de Novo?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Ciências Sociais |
Texto Completo: | http://www.periodicos.ufc.br/revcienso/article/view/43050 |
Resumo: | O texto lança mão dos conceitos de 'fundo público', elaborado por Francisco de Oliveira em "O surgimento do anti-valor"/1988 e de 'sociedade do bem estar', elaborado por Rosanvallon, em "la crise de l'Etat-Providence" / 1981, para discutir a emergência da categoria social dos 'novos pobres' enquanto fenômeno contemporâneo resultante do desemprego estrutural. A partir daqueles conceitos e de alguns dados empíricos encontrados em pesquisa efetuada pela autora sobre a história social dos pobres do Ceará, desenvolve o pressuposto de que a 'nova pobreza' não é uma categoria residual do capitalismo, mas a expressão mais acabada da mercantilização do trabalho. Paradoxal - e felizmente - o acabamento do processo de mercadorização do trabalho é, ao mesmo tempo, o processo de publicização das classes, o que significa dizer que há um elemento intrínseco de inclusão no que aparece tão somente como exclusão. Este raciocínio conduz à hipótese (possível de comprovação lógica e histórica) de que, objetiva e simbolicamente, a pobreza se nega, compondo aí um núcleo político de sentido transformador, onde a autora identifica o teor do 'novo'. |
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