Ouve e interpreta-me este sonho
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1987 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/10332 |
Resumo: | O Canto XIX da Odisseia apresenta um sonho, que Penélope conta ao forasteiro que chegara a Ítaca e que, disfarçado em mendigo, era nada mais nada menos que Ulisses incógnito, retornado após vinte anos de guerra e aventuras. O que este sonho pode nos revelar do mundo onírico? A primeira vista, a sua significação não apresenta problemas, pois, embutida dentro dele está a sua interpretação: na parte final do sonho, uma das personagens retorna e fornece a decodificação dos símbolos aí utilizados. Mesmo que fosse ficar ao nível da interpretação simbólica, já teria a oportunidade para o tratamento de questões interessantíssimas: a necessidade de um contexto associativo cultural para que essa simbolização possa se decifrar; o fato primário, básico - e aqui, cristalino - do sonho como realização de desejo; a ativação de arquétipos; a importância do significante; os processos de condensação, deslocamento, figurabilidade e elaboração secundária; e, finalmente, a construção, por parte de Penélope de uma pequena "teoria dos sonhos", tal como a Antiguidade os ideava, e isso baseada num jogo de palavras interessantíssimo, num trocadilho. Mas o desafio será empreender - uma vez que a própria Penélope insiste em demandar a sua significação, malgrado ser este um sonho auto-interpretado - uma leitura propriamente freudiana, psicanalítica, dessa produção onírica... |
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