As tensões do Jardim: uma análise semiótica do conto “Amor”, de Clarice Lispector
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/70270 |
Resumo: | Como aponta Rosenbaum (2002), Clarice Lispector provoca enorme fascínio por sua obra e, por isso, inspira diversas pesquisas que tentam melhor compreendê-la. Um dos elementos que despertam interesse é a exploração dos movimentos íntimos dos sujeitos clariceanos. Nesse sentido, por meio da semiótica greimasiana, propomo-nos a analisar como as figuras e demais elementos do conto “Amor” (1960) constroem, sutil e complexamente, as tensões que permeiam a narrativa. Seguindo o percurso espacial da personagem Ana no conto, analisamos os níveis presentes no percurso gerativo de sentido descritos por Fiorin (1997), a fim de demonstrar a presença de um destinador manipulador e a relevância da regressão espaço-temporal na enunciação para descrever a epifania na narrativa. Assim, a forte presença do papel temático de dona de casa estabelece o contexto para o surgimento dessa epifania. Entretanto, a ausência de controle da personagem faz com que a epifania acarrete questionamentos sobre este papel e mobilize semas sacros referenciados ao mundo e não ao espaço do lar, construindo o impacto e a tensão que permeiam o conto após o acontecimento do cego mascando chicles. |
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Como aponta Rosenbaum (2002), Clarice Lispector provoca enorme fascínio por sua obra e, por isso, inspira diversas pesquisas que tentam melhor compreendê-la. Um dos elementos que despertam interesse é a exploração dos movimentos íntimos dos sujeitos clariceanos. Nesse sentido, por meio da semiótica greimasiana, propomo-nos a analisar como as figuras e demais elementos do conto “Amor” (1960) constroem, sutil e complexamente, as tensões que permeiam a narrativa. Seguindo o percurso espacial da personagem Ana no conto, analisamos os níveis presentes no percurso gerativo de sentido descritos por Fiorin (1997), a fim de demonstrar a presença de um destinador manipulador e a relevância da regressão espaço-temporal na enunciação para descrever a epifania na narrativa. Assim, a forte presença do papel temático de dona de casa estabelece o contexto para o surgimento dessa epifania. Entretanto, a ausência de controle da personagem faz com que a epifania acarrete questionamentos sobre este papel e mobilize semas sacros referenciados ao mundo e não ao espaço do lar, construindo o impacto e a tensão que permeiam o conto após o acontecimento do cego mascando chicles. |
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