Estudos sobre inibidores de tripsina em plantas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1980 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/46229 |
Resumo: | Em nossas investigações, baseadas nas tentativas de contribuir para o conhecimento da função ou funções que os inibidores de tripsina exercem nas plantas, desenvolvemos ou modificamos técnicas para seu estudo, verificamos sua distribuição em um razoável número de sementes nativas além de termos estudado sua mobilização em sementes de Vigna unguiculata cv. serido durante a germinação. Métodos analíticos tão sensíveis como a focalização isoelétrica e a eletroforese em gel de poliacrilamida em presença de SDS, acoplados com o método de coramento negativo, utilizando o substrato sintético N-acetil-DL-fenilalanina-B-naftil ester, nos permitiram constatar a multiplicidade de formas de inibidores de tripsina tanto em Vigna unguiculata como em outras sementes. Mostramos , por outro lado, que existe uma enorme variação (de 0,0002% a 6%) nas concentrações de inibidores de tripsina em sementes, parecendo haver uma leve dependência dessa concentração na concentração de proteínas. Os estudos em Vigna unguiculata mostraram haver uma distribuição preferencial de inibidores na semente antes da germinação; foi detectado um gradiente de inibidores que cresce a partir das porções distais do cotilédone culminando em uma concentração até 3 vezes maior no eixo embrionário. Os inibidores parecem ter sua mobilização nos cotilédones retardada com relação às proteínas totais; esta mobilização cotiledonária contrasta com o que acontece no eixo, aonde a partir do 5 dia de germinação parece haver um acúmulo no epicótilo-plúmuIas. Os nossos resultados quando examinados conjuntamente com uma grande quantidade de informação existente sobre os inibidores de tripsina e inibidores de proteinases de um modo geral , nos levaram a propor no presente trabalho que os inibidores de tripsina fazem parte de uma classe de substâncias , comumente encontrada em plantas, caracterizada por possuírem baixo peso molecular (geralmente em torno de 10.000 daltons) , ponto isoelétrico baixo, alto teor de cistina e aminoácidos ácidos , geralmente resistente ao calor e a ação de enzimas proteolíticas. Esta classe de proteínas, a par de função ou funções metabólicas mais ativas que não nos foi possível determinar, teriam uma função de reserva especializada muito importante. |
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