Avaliação da acurácia da escala de Addenbrooke como instrumento de rastreio cognitivo de pacientes idosos com baixa escolaridade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tavares Júnior, José Wagner Leonel
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/49684
Resumo: O comprometimento cognitivo leve (CCL) apresenta prevalência de 12-18% na população acima de 65 anos. No Brasil, a prevalência global de comprometimento cognitivo não demência (CCSD), conceito que engloba indivíduos com CCL, atinge valores de 19,5%, embora na região Nordeste haja maior escassez de dados epidemiológicos. Outra dificuldade quanto aos estudos nesta região brasileira é a dificuldade na interpretação do desempenho populacional em testes neuropsicológicos, cuja validação tradicionalmente envolveu populações de maiores escolaridade e renda. Este estudo objetivou descrever as características clínicas, sociodemográficas e neuropsicológicas de uma população ambulatorial com comprometimento cognitivo leve e baixa escolaridade do Nordeste brasileiro e estabelecer nesta a acurácia do exame cognitivo de Addenbrooke versão revisada (ACER). Os pacientes incluídos no estudo foram indivíduos maiores de 60 anos com CCL e escolaridade menor ou igual a 4 anos. Os pacientes foram avaliados por uma equipe multidisciplinar composta por neurologista, psiquiatra e neuropsicóloga. Os pacientes foram submetidos à realização de neuroimagem e foram excluídos diagnóstico de acidente vascular cerebral ou demência vascular. Foram avaliados 80 pacientes (40 com CCL e 40 controles saudáveis), e estes não tiveram dificuldade na aplicação da escala, a qual não se estendeu por mais de 20 minutos. Nos 40 pacientes com CCL, houve predominância do sexo feminino (85%). Os pacientes com CCL apresentaram idade média de 71,7 ± 8,5 anos, além de escolaridade média de 2,4 ± 1,5 anos. O ponto de corte encontrado para a ACE-R foi de 58,5, com sensibilidade e especificidade, respectivamente, de 85% e 62,5%. A subescala memória da ACE-R apresentou a melhor acurácia dentre as subescalas. A ACE-R mostrou-se com boa acurácia nesse quesito, permitindo comparar os dados com pacientes de outras regiões do Brasil. A ACE-R apresentou ainda subitens com pouca variabilidade, demonstrando ser uma ferramenta útil também para indivíduos de baixa escolaridade.
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