Como se Deus estivesse cuspindo na gente: o estigma da exclusão em Amanhã, numa boa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/51102 |
Resumo: | We propose herein an analysis of the protagonist of the French novel Amanhã, numa Boa (GUÈNE, 2006), who descends from Moroccans, as to identify how she rewrites the position of the marginalised other before the multiculturalist central discourses. Therefore, we test and evince the hypothesis that this narrative moves in the contrary direction of the romanticisation, assimilation, and silencing of peripheral epistemes represented and rearticulated by this character. Deploying Žižek’s (2016) reflections, we sketch a portrait of the exclusion stigma that the (im)migrant suffers. Veiled by inclusive discourses, multicultural approaches and new contemporary space disguised as an elusive socio-political hybridity, xenophobia, racism, sexism and incomprehension are still live and kicking. The novel, where manifold prejudices suffered by the character – given her gender, language, and migrant condition – pullulate, manifest the constitutive problem of postmodern macro cosmopolitanism – that is, of the idea of a subject with no chains or identity frontiers, of the so called fluid identity. |
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Como se Deus estivesse cuspindo na gente: o estigma da exclusão em Amanhã, numa boaAs if God were spitting on us: the stigma of exclusion in Amanhã, numa boa (Guène, 2006)Literatura de margemMigraçãoExclusãoWe propose herein an analysis of the protagonist of the French novel Amanhã, numa Boa (GUÈNE, 2006), who descends from Moroccans, as to identify how she rewrites the position of the marginalised other before the multiculturalist central discourses. Therefore, we test and evince the hypothesis that this narrative moves in the contrary direction of the romanticisation, assimilation, and silencing of peripheral epistemes represented and rearticulated by this character. Deploying Žižek’s (2016) reflections, we sketch a portrait of the exclusion stigma that the (im)migrant suffers. Veiled by inclusive discourses, multicultural approaches and new contemporary space disguised as an elusive socio-political hybridity, xenophobia, racism, sexism and incomprehension are still live and kicking. The novel, where manifold prejudices suffered by the character – given her gender, language, and migrant condition – pullulate, manifest the constitutive problem of postmodern macro cosmopolitanism – that is, of the idea of a subject with no chains or identity frontiers, of the so called fluid identity.Propomos aqui uma análise da protagonista descendente de marroquinos do romance francês Amanhã, numa boa (GUÈNE, 2006), para identificar como ela reinscreve a posição do outro marginalizado perante os discursos do centro multiculturalista. Assim, testamos e comprovamos a hipótese de que a narrativa se move na direção contrária à romantização,assimilação e silenciamento dos epistemes periféricos representados e rearticulados pela personagem em questão. Partindo principalmente das reflexões de Žižek (2016), esboçamos um retrato do estigma da exclusão do sujeito (i)migrante. Por trás de discursos de inclusão, de medidas multiculturalistas e dos novos espaços contemporâneos que se transvestem de um ilusório hibridismo sociopolítico, sobrevive a xenofobia, o racismo, o sexismo e a incompreensão. O romance, no qual pululam os diversos preconceitos que sofre a personagem por seu sexo, sua linguagem e sua condição como imigrante, desvela o problema constitutivo do macrocosmopolitanismo pós-moderno – ou seja, da noção de um sujeito sem amarras ou fronteiras identitárias, da chamada identidade fluida.Revista Entrelaces2020-04-02T18:48:12Z2020-04-02T18:48:12Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfGONÇALVES, Davi Silva; SALES, Kall Lyws Barroso." Como se Deus estivesse cuspindo na gente": o estigma da exclusão em Amanhã, numa boa. Revista Entrelaces, Fortaleza, v. 1, n. 18, p. 131-146, out./dez. 2019.2596-28171980-4571http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/51102Gonçalves, Davi SilvaSales, Kall Lyws Barrosoinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)instname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFC2023-11-17T14:20:28Zoai:repositorio.ufc.br:riufc/51102Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufc.br/ri-oai/requestbu@ufc.br || repositorio@ufc.bropendoar:2024-09-11T18:47:07.132085Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Universidade Federal do Ceará (UFC)false |
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