Morfometria de condrocranio em elasmobrásquios do Norte e Nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Medeiros, Ricardo Silveira de
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/39370
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo estudar aspectos anatômicos e morfométricos de crânios de tubarões e raias do Norte e Nordeste. Coletas de condrocrânios de exemplares inteiros de tubarões e raias foram realizadas durante o desembarque da pesca artesanal na enseada do Mucuripe, em Fortaleza, Ceará, e no desembarque da pesca industrial de atuns e afins em Natal, Rio Grande do Norte. A pesca artesanal se concentrou na região costeira próxima ao município de Fortaleza (3° 46' S 38° 33' W), com predominância de linhas-de-mão e resdes-deespera, com profundidades de até 30m, de janeiro de 2002 a julho de 2006. A pesca industrial utilizando espinhel-de-fundo, com 80 milhas de "Iong-line", e se concentrou em regiões oceânicas, no período de 24 de fevereiro a 10 de março de 2004 entre as Latitudes de 1° 23' N e 2° 28' S, e entre as Longitudes de 37° 57' W e 31° 08' W, com profundidades variando em torno de 150m. Foram analisados 88 condrocrânios de exemplares de 12 espécies pertencentes a quatro ordens de lasmobrânquios, a saber: Lamniformes, Carchariniformes, Miliobatiformes, e Rajiformes. Considerando todas as estruturas cranianas mensuradas, foram realizadas 1681 medidas em elasmobrânquios, sendo 1274 para raias e 407 para tubarões. Nos Laminiformes foram analisadas 66 medidas em quatro condrocrânios, sendo examinados um condrocrânio de cada uma das quatro espécies. Nos Carcharhiniformes foram analisadas 341 medidas em treze condrocrânios_ Nas raias da ordem Rajiformes foram analisadas 105 medidas em sete condrocrânios. Em Miliobatiformes foram registradas 1169 medidas de 64 crânios. O maior número de medidas foi observado em Pteroplatyrygon violacea, podendo atribuir estudos posteriores sobre populações para uma avaliação relevantes do seu estoque. O forâmen linfático pode estar associado à distribuição geográfica, sendo forâmen sem intersecção para o gênero Pteroplatyrygon de habitat oceânico e forâmen com intersecção para o genro Dasyatis de habitat costeiro. Em Rhinoptera brasiliensis e espécies afins, estudos da musculatura hiomandibular bem como análises do conteúdo estomacal podem fornecer aspectos funcionais da variação das cápsulas nasais. A expansão do comprimento rostral do condrocrânio de Prionace glauca pode estar associada ao longo focinho desta espécie. Recomenda-se que haja continuidade neste trabalho para aumentar as informações sobre condrocraniometria de elasmobrânquios do Norte e Nordeste do Brasil.
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