Pathos et Praxis (Eisenstein versus Barthes)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/52057 |
Resumo: | Como um todo, Notas para uma História Geral do Cinema, de Eisenstein, aparece como um esboço protéico de um esforço dialético constantemente animado por um ritmo duplo, algo como uma respiração ou um incessante batimento cardíaco. Por um lado, Einsenstein entendia o cinema como uma espécie de gigantesca diástole, ou seja uma extraordinária abertura do campo da imagem: consequentemente, ele trouxe à tona uma antropologia na qual os ditirambos greco-dionisíacos e as peregrinações cristãs, o teatro de marionetes e a pintura grisaille, Picasso e os egípcios, os retábulos de Van Eyck e os pergaminhos chineses, os poemas de Verlaine e a olaria peruana, o teatro javanês e a fotomontagem construtivista, entre inúmeros exemplos citados, estariam colocados lado a lado. Isso envolveu colocar o cinema na vanguarda de uma observação geral sobre a eficácia das imagens e os movimentos - psíquicos, físicos e sociais - que eles simultaneamente exigiam e aos quais deram origem. Isso explica por que Eisenstein, apesar do cientificismo “socialista” e das linhas partidárias a que ele constantemente respondia, nunca hesitou em conceber imagens dentro da perspectiva transdisciplinar de uma espécie de mythopoesis encontrada em muitos de seus contemporâneos (por exemplo, Aby Warburg e Marcel Mauss, Carl Einstein e Georges Bataille). [...] |
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