Implicações psicossociais da pobreza em mulheres: um estudo das relações entre redes de apoio social e saúde mental.

• Autor(a) principal: Nepomuceno, Bárbara Barbosa
• Data de Publicação: 2016
• Outros Autores: Ximenes, Verônica Morais
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
• Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/44974
• topic: Pobreza; Psicologia; Mulheres

A tese tem como foco a análise das interações entre pobreza, gênero, saúde mental e apoio social. Pobreza é analisada em uma perspectiva multidimensional, como fenômeno estrutural ao sistema capitalista neoliberal, com implicações de natureza psicossocial. Suas medições tradicionais escondem questões de gênero, pois frequentemente avaliam a unidade familiar desconsiderando as relações assimetrias nesta existentes. Entre os sujeitos mais vulneráveis a pobreza estão as mulheres negras com filhos pequenos, sem cônjuge. O projeto se divide em dois estudos: 1) Tem por objetivo geral de analisar as implicações psicossociais da pobreza no modo de vida de mulheres; e específicos: compreender os modos de vida de mulheres pobres; identificar as especificidades das implicações da pobreza para mulheres; comparar o Índice de Pobreza Multidimensional entre homens e mulheres; 2) Tem por objetivo geral analisar as implicações da pobreza no apoio social e na saúde mental de mulheres pobres; e os específicos: identificar a rede de apoio social de mulheres que vivem em condições de pobreza; avaliar a saúde mental de mulheres pobres; e analisar relações entre apoio social e saúde mental. A metodologia é de natureza qualitativa e quantitativa, fazendo o uso de questionários fechados, grupos focais e oficinas. São participantes do estudo adultos moradores de comunidades rurais dos municípios de Pentecoste (CE), Humaitá (AM) e Cascavel (PR). A análise dos dados ocorrerá através de análise estatística e análise de conteúdo temática. Os resultados preliminares apontam que o apoio social é um importante recurso de enfrentamento às dificuldades e sofrimentos cotidianos; e que mulheres estão mais vulneráveis ao desenvolvimento de transtornos mentais comuns. Conclui-se que na análise e intervenção da pobreza há que se considerar suas diferentes expressões, em função dos recursos materiais, relacionais e individuais que cada sujeito dispõe e do grupo social a que pertence.