Utilização dos polissacarídeos sulfatados extraídos de macroalgas marinhas pardas do gênero Padina (Adanson, 1963) como ferramenta para diferenciação de espécies

• Autor(a) principal: Nonato Júnior, Raimundo
• Data de Publicação: 2009
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
• Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/43456
• topic: Algas marinhas

O litoral cearense apresenta uma flora marinha muito rica com uma grande variedade de espécies, porém existe a necessidade de novos estudos taxonômicos, principalmente, para as algas da divisão Phaeophyta, pois a taxonomia clássica muitas vezes não consegue chegar a conclusões definitivas. Estudos com polissacarídeos sulfatados (PS) de algas têm demonstrado que suas estruturas variam de espécie para espécie, podendo ser utilizados como ferramentas de auxílio à taxonomia tradicional. O objetivo deste trabalho foi extrair os PS de duas macroalgas do gênero Padina (ADANSON, 1763) e comparar seus perfis cromatográficos em coluna de troca iônica. A extração foi realizada por digestão enzimática em tampão acetato de sódio 0,1 M, pH 5,0, seguida de precipitação com CPC 10%. Após lavagem do pellet com CPC 0,05%, ele foi dissolvido em NaCI 2 M:etanol (v:v), seguida de uma segunda precipitação com etanol, a 4°C. Após centrifugação, o pellet foi lavado duas vezes com etanol 80%, uma vez com etanol absoluto e levado à estufa para secagem. Os PS foram fracionados em uma coluna de DEAEcelulose e a eluição foi realizada com diferentes concentrações de NaCI sendo as frações monitoradas através da atividade metacromática e presença de açúcar. Os PS da macroalga P. gymnospora apresentaram seis frações eluídas com 0,5; 0,7; 0,9; 1,2; 1,4 e 1,6 M de NaCI. Já na cromatografia dos PS da macroalga Padina sp. foram obtidas apenas três frações eluídas com 0,5; 0,7 e 1,2 M de NaCI. Desta forma, existem diferenças marcantes entre o perfil cromatográfico dos PS de ambas as algas, evidenciando que estas moléculas podem ser usadas como ferramentas taxonômicas. No entanto, ainda são necessários mais estudos com o objetivo de avaliar estes PS em diferentes fases de vida de ambas as macroalgas.