Fazer-se mercador na Colônia: trajetória mercantil e abastecimento entre o Estado do Brasil e o Rio da Prata (1602 a 1624)
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/57563 |
Resumo: | Este trabalho visa investigar a rede mercantil luso-hispânica que se formou através da navegação solta entre o Estado do Brasil e o porto de Buenos Aires durante a União Dinástica. A circulação de mercadores através da rota solta de navegação atlântica, criou uma cultura mercantil própria da América Ibérica, ao desenvolver um comércio de abastecimento entre o Estado do Brasil, Rio da Prata e Angola. Os meios de pagamento pautados nas relações particulares de reciprocidade através de letras de câmbio, fiadores e descaminhos de prata, colaborou para que funcionários régios, conquistadores e clérigos das Ordens religiosas participassem e compusessem esta rede mercantil através de um intrínseco jogo social. Os principais itens da manutenção desta rede mercantil lusohispânica no Atlântico Sul foram: os moleques (escravos africanos) para trabalhar nas embarcações, gêneros alimentícios como a farinha de trigo, cecina (carne desidratada) e sebo para sustentação dos navios mercantes. Assumiram as exportações também os produtos de primeira necessidade como temperos, tecidos, papéis e manufaturas europeias para o comércio local. Assim, sujeitos que faziam parte da rede mercantil lusohispânica adquiriram permissão de comércio tanto na América espanhola como na América portuguesa e África. Assim, as permissões particulares de comércio e a circulação dos mercadores nas Costas Ibéricas vem comprovar a Tese de que o comércio atlântico solto entre o Rio da Prata, o Estado do Brasil e Angola, proporcionou a autotransformação social dos sujeitos que dele participaram através do jogo social de abastecimento e controle dos navios soltos da Carreira do Brasil, que reelaboraram as relações administrativas e mercantis no Atlântico Sul ao longo do século XVII. Foram utilizadas como fontes para esta pesquisa: manuscritos avulsos do Arquivo Histórico Ultramarino referentes às Capitanias do Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia, Correspondências do Senado e Alvarás de Licença para embarcar e navegar do Arquivo Público do Estado da Bahia, Registros de Navios e Atas do Cabildo do Arquivo Geral da Nação Argentina, Cartas e expedientes dos Cabildos seculares Asunción del Paraguay y Buenos Aires, referentes a Audiência de Charcas - Arquivo Geral de Índias. Dentre periódicos, dicionários, livros de memórias e Anais de bibliotecas. |
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Este trabalho visa investigar a rede mercantil luso-hispânica que se formou através da navegação solta entre o Estado do Brasil e o porto de Buenos Aires durante a União Dinástica. A circulação de mercadores através da rota solta de navegação atlântica, criou uma cultura mercantil própria da América Ibérica, ao desenvolver um comércio de abastecimento entre o Estado do Brasil, Rio da Prata e Angola. Os meios de pagamento pautados nas relações particulares de reciprocidade através de letras de câmbio, fiadores e descaminhos de prata, colaborou para que funcionários régios, conquistadores e clérigos das Ordens religiosas participassem e compusessem esta rede mercantil através de um intrínseco jogo social. Os principais itens da manutenção desta rede mercantil lusohispânica no Atlântico Sul foram: os moleques (escravos africanos) para trabalhar nas embarcações, gêneros alimentícios como a farinha de trigo, cecina (carne desidratada) e sebo para sustentação dos navios mercantes. Assumiram as exportações também os produtos de primeira necessidade como temperos, tecidos, papéis e manufaturas europeias para o comércio local. Assim, sujeitos que faziam parte da rede mercantil lusohispânica adquiriram permissão de comércio tanto na América espanhola como na América portuguesa e África. Assim, as permissões particulares de comércio e a circulação dos mercadores nas Costas Ibéricas vem comprovar a Tese de que o comércio atlântico solto entre o Rio da Prata, o Estado do Brasil e Angola, proporcionou a autotransformação social dos sujeitos que dele participaram através do jogo social de abastecimento e controle dos navios soltos da Carreira do Brasil, que reelaboraram as relações administrativas e mercantis no Atlântico Sul ao longo do século XVII. Foram utilizadas como fontes para esta pesquisa: manuscritos avulsos do Arquivo Histórico Ultramarino referentes às Capitanias do Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia, Correspondências do Senado e Alvarás de Licença para embarcar e navegar do Arquivo Público do Estado da Bahia, Registros de Navios e Atas do Cabildo do Arquivo Geral da Nação Argentina, Cartas e expedientes dos Cabildos seculares Asunción del Paraguay y Buenos Aires, referentes a Audiência de Charcas - Arquivo Geral de Índias. Dentre periódicos, dicionários, livros de memórias e Anais de bibliotecas. |
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