Questões culturais no Ceará
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/17952 |
Resumo: | Falar de cultura implica adentrar um cipoal de teorizações, em buscar aplicabilidade de alguns conceitos e definir uma visão de mundo e de pesquisa como ponto de partida para as reflexões feitas. Compreendendo, de forma bem rasa e próxima ao senso comum, a cultura como tudo o que tem a marca do humano, podemos ver que a abrangência que temos diante de nós, mais que desafiadora é inibidora e pode levar tanto à megalomania das visadas panorâmicas como à perda de foco pela rejeição de um escopo melhor recortado e definido. Norteado por tais referências, escolhi alguns temas para pensar e falar, levando em conta as especificidades de uma condição cearense, da ideia de cultura que parte da tradição e se atualiza com novas tecnologias e mídias, e do contexto da chamada Indústria Cultural, sob a égide da definição de políticas culturais. O Ceará existe de fato. O que foi no início uma mera convenção para atender a uma questão geopolítica – a definição de capitanias hereditárias no quadro de um “descobrimento” deste continente por parte de portugueses e espanhóis – ganhou, ao longo do tempo, um caráter que possibilita uma discussão sob o ponto de vista da construção, reforço e desmontagem dos estereótipos como guarda-chuva como base para uma definição identitária, tão difícil quanto complicada de ser resolvida assim, com pouco tempo, em um texto que pretende trazer mais inquietações que respostas prontas e acabadas. Vale ressaltar a pouca importância inicial das terras cearenses, a meio caminho entre os engenhos pernambucanos e a exuberância pré -amazônica do Maranhão. O Ceará instalava um areal, de difícil acesso por via marítima, pro conta das correntes, das dunas semoventes e dos ventos que dificultavam a navegação... |
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