Avaliação do desempenho do Camarão Rosa, Farfantepenaeus subtilis, Pérez-Farfante (1967), alimentado com três dietas completas, isocaloricas com diferentes níveis de proteína bruta, sob condições controladas de cultivo

• Autor(a) principal: Nascimento, Rômulo Malta
• Data de Publicação: 2007
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
• Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/39313
• topic: Camarão Rosa (Custáceo) - Brasil, Nordeste; Camarão Rosa (Crustáceo) - Criação; Engenharia de Pesca

O presente trabalho foi realizado nas instalações do Laboratório de Ração e Nutrição de Camarão Marinho (LRNCM) do Instituto de Ciências do Mar (Labomar, Fortaleza, CE). Foram utilizados 16 tanques circulares de polipropileno de 500 I, com renovação de água e aeração constantes, interligados através de canos de PVC para formar células individuais de 4 tanques. Foi analisado o desempenho do camarão rosa, Farfantepenaeus subtilis alimentado com três dietas completas, isocalóricas (3.786 ± 58 kcal/kg), com níveis de proteína bruta (PB) de 38% (Sub01), 40% (Sub02) e 44% (Sub03), tendo como controle uma ração comercial com PB e energia bruta (EB) de 37% e 3.693 ± 129 kcal/kg (Controle), respectivamente. Camarões com 3,17 ± 1,60 g (n = 50) foram capturados em uma fazenda de engorda e estocados nos tanques de cultivo sob uma densidade de 80 camarões/tanque (114 animais/m2). Cada tratamento consistiu de quatro réplicas. Os animais foram alimentados em bandejas de alimentação, quatro vezes ao dia, a taxas variando entre 8,0% e 3,0% da biomassa estocada. Parâmetros relativos ao ganho de peso individual, sobrevivência e condição nutricional foram coletados a cada 14 dias, durante 84 dias de cultivo. Ao longo do experimento o F. subtilis apresentou ganho de peso corporal lento, porém progressivo. A análise de variância revelou um efeito significativo do nível protéico da ração sobre o ganho de peso da espécie (P < 0,05), porem demonstrou não haver diferença estatística significativa para a sobrevivência (P > 0,05), produtividade (P > 0,05), taxa semanal de crescimento (P > 0,05) e biomassa despescada (P > 0,05), entre os tratamentos estudados. Após 84 dias de cultivo, os animais alcançaram um peso corporal variando de um mínimo de 5,25 (38% PB) até um máximo de 6,21 (44% PB). As melhores respostas em ganho de peso foram proporcionadas pelas dietas que continham 40 e 44% PB. Os resultados do presente estudo evidenciam as tendências carnívoras da espécie. Contudo, os dados demonstraram que mesmo quando exposto a rações completas e com alto teor protéico animal de origem marinha, o F. subtilis ainda não apresenta desempenho zootécnico satisfatório ou compatível com o L. vannamei.