Antígeno anódico circulante na infecção por Schistosoma mansoni: avaliação de ensaio ultra-sensível no diagnóstico antes e após o tratamento e associação com novos biomarcadores de lesão renal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Mariana Silva
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/49739
Resumo: A esquistossomose situa-se no grupo das Doenças Tropicais Negligenciadas e continua sendo um problema de saúde pública em várias partes do mundo, incluindo o Brasil. O diagnóstico em ambientes de baixa transmissão requer técnicas com alta sensibilidade e especificidade. O envolvimento renal na esquistossomose é pouco investigado. Determinou-se a acurácia do ensaio UCP-LF CAA para o diagnóstico de Schistosoma mansoni em ambiente de baixa prevalência no Ceará, antes (baseline) e pós-tratamento, e investigou-se o dano renal glomerular e a associação dos biomarcadores renais com os níveis de Circulating Anodic Antigen (CAA). Amostras de 258 participantes foram investigadas por UCP-LF CAA, POC-CCA, SWAP-ELISA e Kato-Katz (KK); seleção de 128 fezes por PCR em tempo real. Três e seis semanas pós-tratamento, amostras foram avaliadas por detecção de CAA e Circulating Cathodic Antigen (CCA). Dois grupos foram formados baseados no UCP-LF CAA para avaliação renal: participantes CAA-positivos (GP) e negativos (GN) na baseline. Quantificou-se albuminúria, proteinúria, estresse oxidativo urinário, uVEGF e uMCP-1, dosados novamente 1, 2 e 3 anos pós-tratamento. Ensaios UCP-LF CAA detectaram 80 positivos (31%) com urina e 82 (31,8%) com soro. POC-CCA e SWAP-ELISA detectaram 30 (11,6%) e 107 (40,7%) positivos, respectivamente. KK revelou 4 positivos (1,6%). Entre os 128 participantes, 19 foram identificados por PCR (14,8%); Sensibilidades e especificidades dos UCP-LF CAA, versus um padrão de referência combinado (CCA/KK/PCR), variaram de 60-68% a 68-77%, respectivamente. Houve maior sensibilidade para o CAA urinário (80%), seguido pelo CAA sérico (70,9%), SWAP-ELISA (43,6%), PCR (34,5%), POC-CCA (29,1%) e KK (3,6%), versus uma referência comparativa (CAA/KK/PCR). Houve diminuição nos níveis de CAA (urina e soro) 3 e 6 semanas pós-tratamento. Ensaios UCP-LF CAA revelaram 33 e 28 participantes infectados no acompanhamento pós-tratamento de 3 e 6 semanas, respectivamente. GP apresentou albuminúria e proteinúria aumentadas e maiores associações entre os biomarcadores renais na baseline. Os níveis de CAA urinário tiveram correlação apenas com os de uVEGF. Não foram observadas diferenças nos biomarcadores renais em nenhum dos tempos do prospectivo pós-tratamento, assim como destes em relação ao baseline. Ensaios UCP-LF CAA mostraram alta sensibilidade para o diagnóstico de S. mansoni em ambiente de baixa endemicidade e utilidade para avaliar as taxas de cura pós-tratamento. Os participantes apresentaram sinais aumentados de dano glomerular que podem estar associados à lesão podocitária.
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