O Bem Viver e outros mundos possíveis
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/32144 |
Resumo: | SEZYSHTA, Arivaldo José. O Bem Viver e outros mundos possíveis. Argumentos Revista de Filosofia, Fortaleza, ano 10, n. 19, p. 87-93, jan./jun. 2018. |
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O Bem Viver e outros mundos possíveisThe Well Living and the other possible worldsBem ViverDecrescimentoLibertaçãoWell LivingSEZYSHTA, Arivaldo José. O Bem Viver e outros mundos possíveis. Argumentos Revista de Filosofia, Fortaleza, ano 10, n. 19, p. 87-93, jan./jun. 2018.The ethical critique of capitalism is based on the fact that the economic reasons that cause the deterioration of the environment are the same ones that end up producing the impoverishment of the majority of the planet’s population. Thus, making the poor the main victims of this perverse model of development that, by sacrificing Nature in the name of profit, ends up sacrificing human beings. After all, as Capra put it, “Ten dollars of coal equals ten dollars of bread.” The perversity is, precisely, in the triggering of an ecocidal process, with consequences still unimaginable for life on planet Earth. The Well Living, as an alternative possible and already under construction, unlike capitalism, is guided by shared responsibility and solidarity, as common to native peoples, who welcomes the lessons received: lessons from community life, nature conservation and Human wisdom. The horizon, then, extends to another type of civilization, welcoming the multiplicities, responsible for other ways of doing politics, able to commit to the realization of economic equity from the affirmation of community life. This is a change in thinking and acting, placing the common good above individual interests, which means the destruction of the essence of capital. Therefore, to put a limit on quantitative consumption, ensuring greater fairness, by releasing the human qualitative limit and the happiness of the community enjoyment. This experience, which is both ancestral and contemporary, qualifies the construction, not of a future humanity but in the relation of forces, of “a world where many worlds fit”. This way, the universalization of a stronger culture and the single form of effective citizenship are avoided. Living Well is a privileged interlocutor of decrease, not as a negative growth, but as an aggregator of alternatives capable of teaching the world that happiness is in coexistence and not in consumption.A crítica ética ao capitalismo parte da constatação de que as causas econômicas que provocam a deterioração do meio ambiente são as mesmas que acabam produzindo o empobrecimento da maioria das populações do planeta, fazendo dos pobres as principais vítimas desse modelo perverso de desenvolvimento que, ao sacrificar a natureza em nome do lucro, termina sacrificando seres humanos. Afinal, como dizia Capra, “Dez dólares de carvão são iguais a dez dólares de pão”.A perversidade está, justamente, no desencadeamento de um processo ecocida, com consequências ainda inimagináveis para a vida no planeta Terra. O Bem Viver, enquanto alternativa possível e já em construção, ao contrário do capitalismo, guia-se pela co-responsabilidade solidária, tão comum aos povos originários, de quem acolhe as lições recebidas: lições de vida comunitária, de conservação da natureza e de sabedoria humana. O horizonte, então, estende-se a outro tipo de civilização, acolhedora das multiplicidades, responsável por outras maneiras de fazer política, capaz de comprometer-se com a efetivação da equidade econômica a partir da afirmação da vida da comunidade. Trata-se de uma mudança no modo de pensar e de agir, colocando o bem comum acima dos interesses individuais, o que significa a destruição da essência do capital, pois, ao se colocar um limite ao consumo quantitativo, se garante maior equidade, ao se libertar o limite qualitativo humano e a felicidade do gozo comunitário. Essa experiência, que é, ao mesmo tempo, ancestral e contemporânea, qualifica a construção, não de uma humanidade futura, mas, na relação de forças, de “um mundo onde caibam muitos mundos”, evitando a universalização da cultura do mais forte e uma só forma de efetivação da cidadania. O Bem Viver constitui-se como interlocutor privilegiado do decrescimento, não enquanto crescimento negativo, mas enquanto espaço agregador de alternativas capazes de ensinar ao mundo que a felicidade está na convivência e não no consumo.Argumentos Revista de Filosofia2018-05-23T12:19:27Z2018-05-23T12:19:27Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfSezyshta, A. J. (2018)1984-4255 (online)1984-4247 (impresso)http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/32144Sezyshta, Arivaldo Joséporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)instname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-05-23T12:19:27Zoai:repositorio.ufc.br:riufc/32144Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufc.br/ri-oai/requestbu@ufc.br || repositorio@ufc.bropendoar:2024-09-11T18:59:35.326317Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Universidade Federal do Ceará (UFC)false |
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