Elaboração de um projeto terapêutico singular para uma família de alto risco em uma Unidade Básica de Saúde, Macaíba-RN: relato de experiência
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/35615 |
Resumo: | Introdução: O projeto terapêutico singular representa o conjunto de propostas de condutas terapêuticas destinadas a um sujeito individual ou grupo populacional sendo elaborado e discutido a partir de uma equipe interdisciplinar. Essa forma de cuidado em saúde resgata alguns dos princípios do SUS - Sistema único de Saúde, como a integralidade e a equidade. O presente estudo teve como objetivos: descrever a construção de um Projeto Terapêutico Singular (PTS) para uma família de alto risco procedente da micro-área de Lagoa das Pedras, Macaíba, RN; organizar um plano de ação interdisciplinar para todos os membros e avaliar os resultados obtidos com a implantação do PTS. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência realizado a partir de vivências teórico-práticas sobre visita domiciliar, clínica ampliada e PTS do Internato em Saúde Coletiva do curso de Medicina da UFRN. Foi identificada a família de maior risco a partir do uso da escala UFES- Coelho aplicada à ficha A, cuja pontuação foi conferida a partir de visita domiciliar e, caso necessário, retificada. Para isso, foi essencial o papel do agente comunitário de saúde (ACS), o qual foi apresentado à escala e, a partir dos seus parâmetros, pode identificar as mais vulneráveis para se aplicar a escala, comparar suas pontuações e eleger aquela de maior risco para a construção do PTS. Desse modo, o questionário foi realizado com 10 famílias, das quais uma se sobressaiu por atingir 22 pontos e foi escolhida para a execução do PTS. Para a criação desse projeto terapêutico, foi realizado o diagnóstico de saúde coletiva, sendo estudados e avaliados os problemas relacionados à saúde de cada membro, além daqueles de ordem habitacional, social, biológico e hábitos de vida. A partir disso, foi possível desenvolver o PTS abrangendo áreas como planejamento familiar, estrutura domiciliar e peri-domiciliar, saneamento básico e saúde da criança. Tudo foi realizado a partir de visitas domiciliares e da articulação tanto com a Unidade Básica de Saúde quanto com o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) sobre as necessidades dessa família procurando ter resolutividade em cada ação planejada. Após isso, foi construído um PTS individual para o indivíduo que toda a equipe considerou ser o mais vulnerável. Resultados e Discussão: Foi realizada uma visita domiciliar com a participação dos doutorandos juntamente com todos os profissionais do NASF integrantes da ação: nutricionista, educador físico, fisioterapeuta, psicólogo e assistente social. Após análise e discussão do caso em estudo, a equipe do NASF pôde intervir em diversos problemas da família, tais como: o erro na dieta, necessidade de atendimento psicológico, fisioterapia motora, viabilizar transporte das crianças deficientes ao centro de reabilitação e encaminhamento para a neuropediatria. Dessa forma, a partir da realização da visita domiciliar foram estabelecidas medidas resolutivas para os principais problemas identificados. Conclusões: Para a execução de um PTS, é necessário considerar os aspectos organizacionais, subjetivos e sociais, riscos e vulnerabilidades, limites e potencialidades dos sujeitos, discutindo-os com uma equipe interdisciplinar, gerando um conjunto de condutas terapêuticas articuladas, que objetivam um melhor cuidado. A elaboração de um projeto terapêutico singular representa uma experiência resolutiva dos princípios do SUS, porém não é costumeiramente colocado em prática e, portanto, necessita de maior incentivo para a execução real e rotineira daquilo que é mostrado na teoria. |
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