O conceito de inconsciente maquínico na filosfia de Deleuze & Guattari: um agenciamento com as imagens do curta-metragem surrealista “Um cão andaluz” de Luis Buñuel e Salvador Dalí

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Jan Stephenson Pinheiro
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/51237
Resumo: A pesquisa a ser desenvolvida no presente trabalho propõe demonstrar como o conceito filosófico de inconsciente como agenciamento maquínico posto em prática pelos pensadores franceses Gilles Deleuze (1925-1995) e Félix Guattari (1930-1992) engendra possibilidades éticas e políticas para a produção de uma multiplicidade de imagens não identitárias. Procura investigar como essas imagens inesgotáveis produzem sensações e produzem agenciamentos desejantes em uma proposta liberada dos poderes que debilitam a vida. Essas imagens propostas como pesquisa a partir do conceito de agenciamento maquínico de Deleuze e Guattari serão estudadas em conexão com o cinema surrealista, especificamente no curta metragem “Um cão andaluz” de Luis Buñuel e Salvador Dalí. Tais imagens-materialidade vão se produzindo como movimento real de abolição do estado de coisas, invenção do real, real estrangeiro, surpreendente, maquinaria, maquínico, virtual, experimentação como vontade de potência. As imagens do surrealismo como nos violentando a pensar/sentir a partir dessa ótica maquinária, percepção cuja natureza consiste em se atualizar, imagens como força que produzem um corpo/pensamento que afetam experimentações em cada um, um real carnal inventor de vida anárquica singular. Imagens surrealistas como concretude de mutação, o sonho não sendo uma dimensão de metáfora, mas um devir que pode em desejo prosseguir ao infinito, proliferar em corpos vibráteis, conexões com mistérios do tempo, podem e produzem realidades, criam duração, devires, deslizes, corpos alegres. É na deriva da razão que algo se passa, inaugura, liberando o pensamento e a vida dos critérios de utilidade e eficácia que os paralisam e mantém estéreis.
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