Metais pesados em água, sedimentos e peixes no rio Maranguapinho, Região Metropolitana de Fortaleza, Ceará

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correa, Jean Michel
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/17483
Resumo: CORREA, Jean Michel. Metais pesados em água, sedimentos e peixes no rio Maranguapinho, Região Metropolitana de Fortaleza, Ceará. 2014. 139 f. Tese (Doutorado em geologia)- Universidade Federal do Ceará, Fortaleza-CE, 2014.
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spelling Metais pesados em água, sedimentos e peixes no rio Maranguapinho, Região Metropolitana de Fortaleza, CearáHeavy metals in water, sediments and fishes in the Maranguapinho river, Fortaleza Metropolitan Region, CearaGeologia ambientalImpactos ambientaisEfluentes industriaisIctiofaunaEnvironmental impactsIndustrial effluentsCORREA, Jean Michel. Metais pesados em água, sedimentos e peixes no rio Maranguapinho, Região Metropolitana de Fortaleza, Ceará. 2014. 139 f. Tese (Doutorado em geologia)- Universidade Federal do Ceará, Fortaleza-CE, 2014.Aquatic ecosystems are considered receivers of contaminants released into the environment, being susceptible the actions of domestic and industrial effluents which are released directly into this ecosystem. Among the environmental contaminants are heavy metals which are highly resistant to degradation. They can occur in different chemical forms in nature and therefore may increase or reduce its toxic characteristics toward several organisms and their biological characteristics, according to their concentration in the ecosystem. The Maranguapinho river presents environmental problems, such as pollution, deforestation of its margins, among others. The river bed is silted up due to the replacement of riparian vegetation and receives several channels in the region, clandestine pipes of domestic sewages. A two-year study was carried out in three reaches located in this river: RMA-A (high basin), RMA-B (middle basin) and RMA-C (low basin). A total of 93 fishes were collected, distributed in four orders, seven families, nine genera and 11 species. The species richness was highest in RMA-B, with five species. Although above the maximum allowed value, the concentrations of Al, Fe and Mn found in the water were not considered contaminants, indicating that these elements are the result of lithological composition of the region. The geoaccumulation index indicated that all the sediment samples of Maranguapinho are classified into Class 1 due to the small variation in the intensity of pollution, revealing that the elements are natural constituents of the basin. The sample size used was 21 individuals for further toxicological representation of fishes captured. Hypostomus jaguribensis and Loricariichthys nudirostris species showed the highest amounts of the metals studied (Al = 44,34 ppm, Fe = 460,15 ppm and Sr = 1,38 ppm), trending to accumulate high amounts of metals in the body and can be considered good bioindicators. The ANOVA revealed a statistically significant difference between the concentrations of Cd and Zn in the viscera of fish and the maximum values allowed by the law, showing that these elements can cause contamination risks to fish and humans and allowed the distinction of marginal influences between the average of Fe and Mn in the viscera of fish and water stations, being the water the factor of entry of the elements in the animal organism. The Maranguapinho river is a natural environment potentially fragile. Several kinds of anthropogenic interferences, such as discharge of effluents, contributes for the its environmental degradation.Os ecossistemas aquáticos são considerados receptores de contaminantes liberados no ambiente, estando susceptíveis as ações de efluentes domésticos e industriais que são lançados sem tratamento diretamente neste ecossistema. Dentre os contaminantes ambientais, encontram-se os metais pesados, que são altamente resistentes a degradação. Metais pesados podem ocorrer sob diferentes formas químicas na natureza e conseqüentemente podem aumentar ou reduzir suas características tóxicas para com os diversos organismos e suas características biológicas, de acordo com suas concentrações no ecossistema. O rio Maranguapinho apresenta problemas ambientais, a exemplo da poluição, desmatamentos de suas margens, dentre outros. O leito do rio encontra-se praticamente todo assoreado em decorrência da substituição da mata ciliar e recebe água de diversos canais da região, de tubulações clandestinas de efluentes domésticos. Nesse contexto, um estudo foi realizado nos anos de 2012 e 2013 em três estações de amostragem situadas nesse rio: RMA-A, situada no alto curso, RMA-B, situada no médio curso e RMA-C, situada no baixo curso. Foram coletados 93 peixes, distribuídos em quatro ordens, sete famílias, nove gêneros e 11 espécies. A riqueza de espécies foi maior no RMA-B, com cinco espécies. As concentrações de Al, Fe e Mn encontradas na água, embora acima do valor máximo permitido, não foram consideradas contaminantes, indicando que esses elementos são resultantes da composição litológica da região. O índice de geoacumulação indicou que todas as amostras de sedimentos do rio Maranguapinho estão enquadrados na classe 1 em virtude da pouca variação apresentada na intensidade de poluição, revelando que os elementos encontrados são constituintes naturais da bacia. O tamanho da amostra utilizada foi de 21 exemplares para uma maior representatividade toxicológica da ictiofauna capturada. As espécies detritívoras Hypostomus jaguribensis e Loricariichthys nudirostris apresentaram as maiores quantidades dos metais estudados (Al = 44,34 ppm, Fe = 460,15 ppm e Sr = 1,38 ppm), possuindo uma maior tendência a acumular em seu organismo elevadas quantidades de metais e podendo ser considerados bons indicadores da qualidade ambiental. A ANOVA revelou diferença estatisticamente significante entre as concentrações de Cd e Zn nas vísceras dos peixes e os valores máximos permitidos na legislação, mostrando que esses elementos podem causar sérios riscos de contaminação aos peixes e humanos e também permitiu distinguir influências marginais entre as médias de Fe e Mn nas vísceras dos peixes e na água das estações, sendo a água o fator de ingresso dos elementos no organismo animal. A bacia do rio Maranguapinho é um ambiente natural potencialmente frágil. Os vários tipos de interferências antropogênicas, em especial a descarga de efluentes, contribuíram de forma marcante para a sua degradação ambiental.Magini, ChristianoCorrea, Jean Michel2016-06-07T23:35:49Z2016-06-07T23:35:49Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfCORREA, J. M. 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