Trauma, angústia e desautorização nos dispositivos de saúde materno-infantil em contextos de vulnerabilidade social: contribuições clínico-políticas da psicanálise
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/40495 |
Resumo: | The latest data on the living conditions and development of children in Brazil are quite expressive as for the effects of social and regional inequalities in the quality of public policies. In this context, the present dissertation aims to propose, from the psychoanalytic concepts of trauma, anguish and disempowerment of the subject at its intersections with the conceptual fields of social sciences and of social psychology, the construction of ethical political assumptions to a clinic of the vulnerabilities of the maternal and child health care. In order to achieve our general objective, we set out the following specific objectives: to discuss the bases of the concept of vulnerability in articulation with the concepts of social recognition, dignity and poverty; to rescue the assumptions of the theory of trauma and anguish in Freud and Ferenczi and of the de-authorization of the subject; and, finally, to discuss some ethical-political assumptions for a clinical practice in the field of maternal and child health, from the questioning of the observations in IPREDE. We made use of the field journal as metapsychological tool, which allowed us to define our goals, allies to question, the categories which would nodal sustain atheoretical argument and the articulation with the participant observation conducted in IPREDE. After exploring how our concerns met, we research on the different meanings of the concept of vulnerability seeking to relate this to the concept of human dignity from the context in which the dignity mention the horror of war and so, when you meet with the face of trauma. In dialogue with social/community psychology, we are discussing about the naturalization processes and scapegoating of poverty as important operators in maintaining a place of exclusion of the subject in the social bond. Based on these discussions, we propose to reaffirm the ethical-political commitment of psychoanalysis and to point out some important assumptions for attention to maternal and child health in contexts of helplessness and traumatic vulnerabilities. As a conclusion, we highlight clinical-political operators as important assumptions in the construction of a clinical practice involved in listening to sociopolitical suffering, namely: recognition of the place of knowledge / power of the subject, the relationship of trust established between user and professional, the incentive to the spontaneity and participation of the subject in his care process. |
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Trauma, angústia e desautorização nos dispositivos de saúde materno-infantil em contextos de vulnerabilidade social: contribuições clínico-políticas da psicanáliseTrauma, anguish and disauthorization in maternal and child health devices in contexts of social vulnerability: clinical-political contributions of psychoanalysisVulnerabilidadeTraumaDesautorizaçãoSaúde materno-infantilClínica psicanalítica institucionalThe latest data on the living conditions and development of children in Brazil are quite expressive as for the effects of social and regional inequalities in the quality of public policies. In this context, the present dissertation aims to propose, from the psychoanalytic concepts of trauma, anguish and disempowerment of the subject at its intersections with the conceptual fields of social sciences and of social psychology, the construction of ethical political assumptions to a clinic of the vulnerabilities of the maternal and child health care. In order to achieve our general objective, we set out the following specific objectives: to discuss the bases of the concept of vulnerability in articulation with the concepts of social recognition, dignity and poverty; to rescue the assumptions of the theory of trauma and anguish in Freud and Ferenczi and of the de-authorization of the subject; and, finally, to discuss some ethical-political assumptions for a clinical practice in the field of maternal and child health, from the questioning of the observations in IPREDE. We made use of the field journal as metapsychological tool, which allowed us to define our goals, allies to question, the categories which would nodal sustain atheoretical argument and the articulation with the participant observation conducted in IPREDE. After exploring how our concerns met, we research on the different meanings of the concept of vulnerability seeking to relate this to the concept of human dignity from the context in which the dignity mention the horror of war and so, when you meet with the face of trauma. In dialogue with social/community psychology, we are discussing about the naturalization processes and scapegoating of poverty as important operators in maintaining a place of exclusion of the subject in the social bond. Based on these discussions, we propose to reaffirm the ethical-political commitment of psychoanalysis and to point out some important assumptions for attention to maternal and child health in contexts of helplessness and traumatic vulnerabilities. As a conclusion, we highlight clinical-political operators as important assumptions in the construction of a clinical practice involved in listening to sociopolitical suffering, namely: recognition of the place of knowledge / power of the subject, the relationship of trust established between user and professional, the incentive to the spontaneity and participation of the subject in his care process.Os últimos dados sobre as condições de vida e desenvolvimento de crianças no Brasil são bastante expressivos quanto às incidências das desigualdades sociais e regionais na qualidade das políticas públicas. Diante deste quadro, a presente dissertação tem como objetivo geral propor, a partir dos conceitos psicanalíticos de trauma, angústia e desautorização do sujeito em suas intersecções com os campos conceituais das ciências sociais e da psicologia social, a construção de pressupostos ético-políticos para uma clínica das vulnerabilidades traumáticas na atenção à saúde materno-infantil. Para alcançar o nosso objetivo geral, elencamos os seguintes objetivos específicos: discutir as bases do conceito de vulnerabilidade em articulação com os conceitos de reconhecimento social, dignidade e pobreza; resgatar os pressupostos da teoria do trauma e da angústia em Freud e Ferenczi e da desautorização do sujeito; e, por fim, discutir os alguns pressupostos ético-políticos para um fazer clínico no campo da saúde materno-infantil, a partir da problematização dos recortes de observações no IPREDE. Fizemos uso do diário de campo como ferramenta metapsicológica, o que nos permitiu circunscrever nossos objetivos, aliados à pergunta nodal, às categorias que permitiriam sustentar uma argumentação teórica e à articulação com a observação participante realizada no IPREDE. Depois de percorremos investigações sobre as diferentes acepções do conceito de vulnerabilidade, buscamos relacionar esse conceito ao de dignidade humana a partir do contexto em que esta toca o horror das situações de guerra e, portanto, quando se encontra com a face do trauma. No diálogo com a psicologia social/comunitária, nos debruçamos sobre os processos de naturalização e culpabilização da pobreza como operadores importantes na manutenção de um lugar de exclusão do sujeito no laço social. Baseando-nos nessas discussões, nos propomos a reafirmar o compromisso ético-político da psicanálise e apontar alguns pressupostos importantes para a atenção à saúde materno-infantil em contextos de desamparo e vulnerabilidades traumáticas. À guisa de conclusão, destacamos operadores clínico-políticos como pressupostos importantes na construção de um fazer clínico implicado na escuta do sofrimento sociopolítico, a saber: o reconhecimento do lugar de saber/poder do sujeito, a relação de confiança estabelecida entre usuário e profissional, o incentivo à espontaneidade e participação do sujeito em seu processo de cuidado.Martins, Karla Patrícia HolandaTeixeira, Iara Fernandes2019-04-02T13:53:01Z2019-04-02T13:53:01Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfTEIXEIRA, Iara Fernandes. Trauma, angústia e desautorização nos dispositivos de saúde materno-infantil em contextos de vulnerabilidade social: contribuições clínico-políticas da psicanálise.115f. - Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Psicologia, Fortaleza (CE), 2019.http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/40495porreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)instname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-02-17T19:40:43Zoai:repositorio.ufc.br:riufc/40495Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufc.br/ri-oai/requestbu@ufc.br || repositorio@ufc.bropendoar:2024-09-11T18:19:21.593678Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Universidade Federal do Ceará (UFC)false |
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