Um olhar gendrado sobre a personagem Opa e sobre outras personagens femininas da obra Os rios profundos, de Arguedas

• Autor(a) principal: Cavalcante, Nathalie Sá
• Data de Publicação: 2013
• Outros Autores: Martins, Maria Sárvia da Silva, Cunha, Roseli Barros
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
• Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/20245
• topic: Gênero; Arguedas; Opa

O presente artigo caracteriza-se, sobretudo, pela análise da personagem Opa na obra Os rios profundos (1956), do escritor peruano José Maria Arguedas. O enfoque principal deste trabalho está voltado para a reflexão sobre a forma como a sexualidade e a identidade da personagem estão representadas e como estas representações são condicionadas, não só pelo fato de ser uma personagem feminina, mas também pela deficiência mental que possui. Além disso, faz-se uma breve análise acerca das outras personagens femininas presentes na obra. Contudo, para que possamos entender e mesmo realizar as reflexões aqui propostas, torna-se necessário considerar aspectos significativos que circundam a relação sexualidade e identidade, sob o viés de Simone de Beauvoir (1949), a violência simbólica, sob o viés de Pierre Bourdieu (2001), e a relação demência e desumanização, sob o viés de Castro-Klarén (1973). Este trabalho justifica-se pela necessidade de se pensar e difundir uma crítica literária pautada no estudo da identidade e das relações de gênero e pela necessidade de estudar a literatura arguediana, a fim de que não fique no esquecimento a contribuição ímpar que esse escritor deixou para a literatura latina-americana.