Crenças e atitudes linguísticas no falar de Fortaleza: elevação das vogais médias pretônicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mello, Angelyna da Rocha
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/70431
Resumo: This research seeks to discover beliefs and linguistic attitudes of fortalezenses and nonfortalezenses, speakers representatives of diverse dialects, in relation to the use of the medial vogues /e/ > /i/ and /o/ > /u/, which coincide in the pretonic position. We verify that, despite scientific research in several Brazilian regions and from different orientations, there is an emphasis on the pretonic vowel square on production optics, there is no known existence of research with a sociolinguistic basis (third wave) that deals with the issue of Fortaleza’s speach. It intends to fill this gap and contribute to the sociolinguistic characterization of Brazilian Portuguese, specifically not referring to the beliefs and attitudes of pretonic media in the city of Fortaleza. The work has theoretical-methodological bases on the principles of Sociolinguistics and studies on Beliefs e Attitudes (LABOV, 2008; WLH, 2006; CALVET, 2002; TARALLO, 1990; MOLLICA & BRAGA, 2020; BAGNO, 2007; ECKERT, 2012; LAMBERT E LAMBERT, 1966; FERNÁNDEZ, 1998), in the orientations of Fonetics and Phonology of Brazilian Portuguese (CALLOU & LEITE, 2009; CRISTÓFARO SILVA, 2003; CÂMARA JR. 2004) and of Dialetology (NASCENTES, 1953; CARDOSO, 2015; ALENCAR, 2007; AMARAL, 1920). The methodology consists of the application of two questionnaires (one closed and the other evaluative closed) to 24 students: 8 natives of Fortaleza, 8 from Pará and 8 from São Paulo, all residents of the city of Fortaleza for at least five years. The questionnaires were created on the Google Forms platform, a tool that we see being widely used in academic research during the pandemic period, in view of being considered a free tool for creating online forms, accessible to any user who has a Google account, besides being able to be accessed easily, including by cell phone; The application of two questions is given through the virtual networks Whatsapp, Instagram and also by e-mail, due to the pandemic scenario. We used, in both questionaries, the technique of false pairs (matched-guises), very common in the study of beliefs and attitudes. The research presents innovative aspects that have been taken up by the study of pretonic media vogues not/doing fortalezense based on evaluative tests of the study of Crenças e Atitudes, whose results show that fortalezenses, regardless of age, sex and schooling, make a Positive self-assessment of its own dialect, not that it refers to the variants <e> and <o>. Among the people from Pará and São Paulo there is a less positive evaluation on the keywords: Sociolinguistics, Beliefs e Attitudes; Pretonic Middle Vogals fortaleza’s speach; The pretonic vocalic alteration was presented as a phenomenon that is “above” the level of linguistic awareness of two people from Pará and two from São Paulo and “below” the level of awareness of two residents of Fortaleza. Finally, it is possible to confirm, on the basis of beliefs and linguistic attitudes, the postulate of Nascentes (1953): the pretonic vocalic evaluation represents a Brazilian dialectal delimiter.
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The work has theoretical-methodological bases on the principles of Sociolinguistics and studies on Beliefs e Attitudes (LABOV, 2008; WLH, 2006; CALVET, 2002; TARALLO, 1990; MOLLICA & BRAGA, 2020; BAGNO, 2007; ECKERT, 2012; LAMBERT E LAMBERT, 1966; FERNÁNDEZ, 1998), in the orientations of Fonetics and Phonology of Brazilian Portuguese (CALLOU & LEITE, 2009; CRISTÓFARO SILVA, 2003; CÂMARA JR. 2004) and of Dialetology (NASCENTES, 1953; CARDOSO, 2015; ALENCAR, 2007; AMARAL, 1920). The methodology consists of the application of two questionnaires (one closed and the other evaluative closed) to 24 students: 8 natives of Fortaleza, 8 from Pará and 8 from São Paulo, all residents of the city of Fortaleza for at least five years. The questionnaires were created on the Google Forms platform, a tool that we see being widely used in academic research during the pandemic period, in view of being considered a free tool for creating online forms, accessible to any user who has a Google account, besides being able to be accessed easily, including by cell phone; The application of two questions is given through the virtual networks Whatsapp, Instagram and also by e-mail, due to the pandemic scenario. We used, in both questionaries, the technique of false pairs (matched-guises), very common in the study of beliefs and attitudes. The research presents innovative aspects that have been taken up by the study of pretonic media vogues not/doing fortalezense based on evaluative tests of the study of Crenças e Atitudes, whose results show that fortalezenses, regardless of age, sex and schooling, make a Positive self-assessment of its own dialect, not that it refers to the variants <e> and <o>. Among the people from Pará and São Paulo there is a less positive evaluation on the keywords: Sociolinguistics, Beliefs e Attitudes; Pretonic Middle Vogals fortaleza’s speach; The pretonic vocalic alteration was presented as a phenomenon that is “above” the level of linguistic awareness of two people from Pará and two from São Paulo and “below” the level of awareness of two residents of Fortaleza. Finally, it is possible to confirm, on the basis of beliefs and linguistic attitudes, the postulate of Nascentes (1953): the pretonic vocalic evaluation represents a Brazilian dialectal delimiter.Esta pesquisa busca descrever as crenças e atitudes linguísticas de falantes fortalezenses e não-fortalezenses, representantes de dialetos diversos, em relação ao uso das vogais médias /e/ > /i/ e /o/ > /u/, que concorrem em posição pretônica. Verificamos que, apesar de pesquisas científicas em várias regiões brasileiras e de orientações distintas terem enfatizado o quadro vocálico pretônico sob a ótica da produção, não se sabe da existência de pesquisas com base sociolinguística (terceira onda) que tratem desse tema no falar fortalezense. Pretende-se sanar esta lacuna e contribuir para a caracterização sociolinguística do Português brasileiro, especificamente no que se refere às crenças e atitudes das médias pretônicas no município de Fortaleza. O trabalho tem bases teórico-metodológicas nos princípios da Sociolinguística e nos estudos de Crenças e Atitudes (LABOV, 2008; WLH, 2006; CALVET, 2002; TARALLO, 1990; MOLLICA & BRAGA, 2020; BAGNO, 2007; ECKERT, 2012; LAMBERT E LAMBERT, 1966; FERNÁNDEZ, 1998), nas orientações da Fonética e Fonologia do Português Brasileiro (CALLOU & LEITE, 2009; CRISTÓFARO SILVA, 2003; CÂMARA JR. 2004) e da Dialetologia (NASCENTES, 1953; CARDOSO, 2015; ALENCAR, 2007; AMARAL, 1920). A metodologia consiste na aplicação de dois questionários (um fechado e outro fechado avaliativo) a 24 ouvintes: 8 naturais de Fortaleza, 8 paraenses e 8 paulistas, todos residentes na cidade de Fortaleza há pelo menos cinco anos. Os questionários foram elaborados na plataforma Google Forms, ferramenta que vem sendo muito utilizada em pesquisas gratuitas para a criação de formulários on-line, acessível a qualquer usuário que tenha uma conta Google, além de poder ser acessada com facilidade, inclusive por meio do celular. A aplicação dos questionários se deu através das redes virtuais Whatsapp, Instagram e também pelo e-mail, em razão do cenário pandêmico. Utilizamos, nos dois questionários, a técnica de falsos pares (matched-guises), muito comum no estudo de crenças e atitudes. A pesquisa apresenta aspectos inovadores que são a retomada do estudo das vogais médias pretônicas no/do falar fortalezense embasados nos testes avaliativos do estudo de Crenças e Atitudes, cujos resultados evidenciam que os fortalezenses, independentemente da idade, do sexo e da escolaridade, fazem uma autoavaliação positiva do seu próprio dialeto, no que se refere às variantes <e> e <o>. Entre os paraenses e os paulistas há uma avaliação menos positiva do alteamento no falar fortalezense; o alteamento vocálico pretônico apresentou-se como um fenômeno que está “acima” do nível de consciência linguística dos paraenses e dos paulistas e “abaixo” do nível de consciência dos ouvintes fortalezenses. Por fim, é possível confirmar, sob a ótica das crenças e atitudes linguísticas, o postulado de Nascentes (1953): o alteamento vocálico pretônico representa um delimitador dialetal brasileiro.Alencar, Maria Silvana Militão deMello, Angelyna da Rocha2023-02-02T18:52:58Z2023-02-02T18:52:58Z2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfMELLO, Angelyna da Rocha. Crenças e atitudes linguísticas no falar de Fortaleza: elevação das vogais médias pretônicas. Orientadora: Maria Silvana Militão de Alencar. 2022. 102 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) - Programa de Pós-graduação em Linguística, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022.http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/70431porreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)instname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-02-02T18:53:44Zoai:repositorio.ufc.br:riufc/70431Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufc.br/ri-oai/requestbu@ufc.br || repositorio@ufc.bropendoar:2024-09-11T18:57:42.761196Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Universidade Federal do Ceará (UFC)false
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