Abordagem grupal a puérperas com filhos recém-nascidos hospitalizados
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/1795 |
Resumo: | O estudo teve como objetivo compreender a vivência de puérperas, cujos recém-nascidos permanecem hospitalizados. Descreve uma alternativa de prestação de cuidados de enfermagem às mães que estão com seus bebês internados, tendo em vista a possibilidade de manutenção contínua pela equipe do serviço. A coleta de dados ocorreu na Casa da Mamãe, anexo de um hospital filantrópico do município de Sobral-CE, onde convidamos a participar da pesquisa todas as mulheres que estavam alojadas nesse local, através de um grupo de apoio/suporte. Foram entrevistadas inicialmente, 12 puérperas, das quais 09 fizeram parte do estudo, de acordo com os critérios de inclusão. O grupo teve como objetivo primário oferecer apoio aos seus membros e foi desenvolvido no mês de abril de 2005. Realizamos um primeiro contato com as mães, uma sessão preparatória e 06 sessões grupais. Cada sessão foi composta de três momentos: aquecimento, desenvolvimento e encerramento. Como referencial teórico-metodológico, utilizamos o modelo proposto por Loomis (1979), o qual aborda o processo grupal para enfermeiros, de acordo com os seguintes descritores: objetivos, estrutura, processo e resultados do grupo. Estes foram organizados em fases (planejamento, intervenção e avaliação) para que a intervenção grupal ocorresse de forma exeqüível. A efetividade do grupo foi validada à medida que as participantes conseguiram compreender o sentido do grupo, apontando seus benefícios e avaliaram como alcance dos resultados a maior integração entre elas (socialização) e a capacidade que cada uma tinha para oferecer força uma à outra (apoio/suporte). A manutenção dos resultados foi evidenciada quando as puérperas relataram fatos que representaram o oferecimento de apoio/suporte, em momentos fora do ambiente do grupo. Consideramos que os sentimentos que permeiam a experiência de ter um filho internado podem, muitas vezes não ser verbalizados, exigindo do profissional habilidade e afinidade da equipe de enfermagem para detectá-los, como forma de facilitar a prestação de um cuidado integral. Concluímos que as puérperas recém-chegadas na Casa da Mamãe podem contar com o apoio/suporte das mães que já se encontram lá instaladas, cabendo ao profissional estimular a integração entre estas, buscando o oferecimento de apoio/suporte e favorecendo a adaptação das mesmas a essa nova situação; o grupo também poderia suprir a solidão daquelas residentes na zona rural ou em outros municípios, cujas visitas são dificultadas por barreiras geográficas e socioeconômicas e que se faz necessário um direcionamento da assistência também aos familiares da puérpera que se encontra com o recém-nascido hospitalizado. Percebemos a necessidade de manter continuamente a realização dos grupos, de forma a suprir as necessidades das clientes no período de permanência na Casa. Portanto, acreditamos que o estudo contribuiu para construção de intervenções de enfermagem eficazes na atenção à mãe que vivencia a experiência de ter um filho recém-nascido hospitalizado e que o uso de grupos de cuidados de saúde representa um dos caminhos inexplorados e estimulantes para investigação clínica e a geração de conhecimento científico. |
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