Densidade da madeira: uma forte estratégia de sobrevivência para as espécies lenhosa de ambientes semiáridos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/45372 |
Resumo: | Nos ambientes sazonalmente secos as espécies lenhosas apresentam diferentes estratégias de sobrevivência, morfológicas e fisiológicas, permitindo a coexistência destas. Assim, buscamos responder como a densidade básica da madeira (DBM) afeta o status hídrico das plantas ao longo do ano na Caatinga. Foram coletadas nos municípios de Pentecoste, Quixadá e Sobral – CE 44 espécies. Para determinar a DBM e a quantidade de água saturada (QASat), foram extraídos três discos amostrais dos ramos de 5 indivíduos por espécie, com aproximadamente 3 cm de comprimento e 2 cm de largura. As amostras foram submersas em água por 5 dias para atingir o ponto de saturação máximo. Seu volume foi determinado com base no princípio de Arquimedes. Os discos foram secos em estufa à 103º C até seu peso constante. A razão do peso seco e o volume determinou a DBM. Espécies com densidade < 0,5 g cm-3 foram consideradas de baixa densidade, e > 0,5 g cm-3, de alta densidade. A DBM e a QASat apresentaram correlação negativa (r -0.925, p < 0.0001). Para demostrar a variação do potencial hídrico (PHψ) ao longo do ano nas espécies com DBM distintas, usamos como modelo quatro espécies de baixa densidade (Cochlospermum vitifolium, Commiphora leptophloeos, Manihot carthaginensis e Amburana cearensis) e quatro de alta (Aspidosperma pyrifolium, Poincianella bracteosa, Mimosa caesalpiniifolia e Bauhinia cheilantha). As espécies que apresentaram baixa DBM armazenam maior QAsat no caule, variando de 172.25 a 297.63% do seu peso seco, enquanto que as de alta DBM variaram de 42 a 121,01%. O PHψ das espécies de baixa DBM variou pouco durante a estação chuvosa e seca. A média do PHψ no período chuvoso foi de -0,3 MPa e no período seco de -1.3 para as espécies que acumulam água no caule. As que não possuem essa estratégia foi de -0.6 MPa no período chuvoso e -7.0 na seca. Conclui-se que espécies de baixa DBM em ambientes sazonalmente secos apresentam menor variação sazonal no status hídrico do que as de alta DBM. |
id |
UFC-7_6e0a4e22bee601af41c81429a6ef58ba |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufc.br:riufc/45372 |
network_acronym_str |
UFC-7 |
network_name_str |
Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
repository_id_str |
|
spelling |
Densidade da madeira: uma forte estratégia de sobrevivência para as espécies lenhosa de ambientes semiáridosCaatingaCaracteres FuncionaisPotencial HídricoNos ambientes sazonalmente secos as espécies lenhosas apresentam diferentes estratégias de sobrevivência, morfológicas e fisiológicas, permitindo a coexistência destas. Assim, buscamos responder como a densidade básica da madeira (DBM) afeta o status hídrico das plantas ao longo do ano na Caatinga. Foram coletadas nos municípios de Pentecoste, Quixadá e Sobral – CE 44 espécies. Para determinar a DBM e a quantidade de água saturada (QASat), foram extraídos três discos amostrais dos ramos de 5 indivíduos por espécie, com aproximadamente 3 cm de comprimento e 2 cm de largura. As amostras foram submersas em água por 5 dias para atingir o ponto de saturação máximo. Seu volume foi determinado com base no princípio de Arquimedes. Os discos foram secos em estufa à 103º C até seu peso constante. A razão do peso seco e o volume determinou a DBM. Espécies com densidade < 0,5 g cm-3 foram consideradas de baixa densidade, e > 0,5 g cm-3, de alta densidade. A DBM e a QASat apresentaram correlação negativa (r -0.925, p < 0.0001). Para demostrar a variação do potencial hídrico (PHψ) ao longo do ano nas espécies com DBM distintas, usamos como modelo quatro espécies de baixa densidade (Cochlospermum vitifolium, Commiphora leptophloeos, Manihot carthaginensis e Amburana cearensis) e quatro de alta (Aspidosperma pyrifolium, Poincianella bracteosa, Mimosa caesalpiniifolia e Bauhinia cheilantha). As espécies que apresentaram baixa DBM armazenam maior QAsat no caule, variando de 172.25 a 297.63% do seu peso seco, enquanto que as de alta DBM variaram de 42 a 121,01%. O PHψ das espécies de baixa DBM variou pouco durante a estação chuvosa e seca. A média do PHψ no período chuvoso foi de -0,3 MPa e no período seco de -1.3 para as espécies que acumulam água no caule. As que não possuem essa estratégia foi de -0.6 MPa no período chuvoso e -7.0 na seca. Conclui-se que espécies de baixa DBM em ambientes sazonalmente secos apresentam menor variação sazonal no status hídrico do que as de alta DBM.Universidade Federal do Ceará2019-09-03T17:39:09Z2019-09-03T17:39:09Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectapplication/pdfOLIVEIRA, Clemir Candeia de et al. Densidade da madeira: uma forte estratégia de sobrevivência para as espécies lenhosa de ambientes semiáridos. Revista Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 1, n. 1, 2016. (Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação, 9).http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/45372Oliveira, Clemir Candeia deCarneiro, Maria Karolina BasílioSilva, Maria Virginia Oliveira daSoares, Arlete Aparecidainfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)instname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFC2023-10-02T13:25:05Zoai:repositorio.ufc.br:riufc/45372Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufc.br/ri-oai/requestbu@ufc.br || repositorio@ufc.bropendoar:2023-10-02T13:25:05Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Universidade Federal do Ceará (UFC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Densidade da madeira: uma forte estratégia de sobrevivência para as espécies lenhosa de ambientes semiáridos |
title |
Densidade da madeira: uma forte estratégia de sobrevivência para as espécies lenhosa de ambientes semiáridos |
spellingShingle |
Densidade da madeira: uma forte estratégia de sobrevivência para as espécies lenhosa de ambientes semiáridos Oliveira, Clemir Candeia de Caatinga Caracteres Funcionais Potencial Hídrico |
title_short |
Densidade da madeira: uma forte estratégia de sobrevivência para as espécies lenhosa de ambientes semiáridos |
title_full |
Densidade da madeira: uma forte estratégia de sobrevivência para as espécies lenhosa de ambientes semiáridos |
title_fullStr |
Densidade da madeira: uma forte estratégia de sobrevivência para as espécies lenhosa de ambientes semiáridos |
title_full_unstemmed |
Densidade da madeira: uma forte estratégia de sobrevivência para as espécies lenhosa de ambientes semiáridos |
title_sort |
Densidade da madeira: uma forte estratégia de sobrevivência para as espécies lenhosa de ambientes semiáridos |
author |
Oliveira, Clemir Candeia de |
author_facet |
Oliveira, Clemir Candeia de Carneiro, Maria Karolina Basílio Silva, Maria Virginia Oliveira da Soares, Arlete Aparecida |
author_role |
author |
author2 |
Carneiro, Maria Karolina Basílio Silva, Maria Virginia Oliveira da Soares, Arlete Aparecida |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Oliveira, Clemir Candeia de Carneiro, Maria Karolina Basílio Silva, Maria Virginia Oliveira da Soares, Arlete Aparecida |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Caatinga Caracteres Funcionais Potencial Hídrico |
topic |
Caatinga Caracteres Funcionais Potencial Hídrico |
description |
Nos ambientes sazonalmente secos as espécies lenhosas apresentam diferentes estratégias de sobrevivência, morfológicas e fisiológicas, permitindo a coexistência destas. Assim, buscamos responder como a densidade básica da madeira (DBM) afeta o status hídrico das plantas ao longo do ano na Caatinga. Foram coletadas nos municípios de Pentecoste, Quixadá e Sobral – CE 44 espécies. Para determinar a DBM e a quantidade de água saturada (QASat), foram extraídos três discos amostrais dos ramos de 5 indivíduos por espécie, com aproximadamente 3 cm de comprimento e 2 cm de largura. As amostras foram submersas em água por 5 dias para atingir o ponto de saturação máximo. Seu volume foi determinado com base no princípio de Arquimedes. Os discos foram secos em estufa à 103º C até seu peso constante. A razão do peso seco e o volume determinou a DBM. Espécies com densidade < 0,5 g cm-3 foram consideradas de baixa densidade, e > 0,5 g cm-3, de alta densidade. A DBM e a QASat apresentaram correlação negativa (r -0.925, p < 0.0001). Para demostrar a variação do potencial hídrico (PHψ) ao longo do ano nas espécies com DBM distintas, usamos como modelo quatro espécies de baixa densidade (Cochlospermum vitifolium, Commiphora leptophloeos, Manihot carthaginensis e Amburana cearensis) e quatro de alta (Aspidosperma pyrifolium, Poincianella bracteosa, Mimosa caesalpiniifolia e Bauhinia cheilantha). As espécies que apresentaram baixa DBM armazenam maior QAsat no caule, variando de 172.25 a 297.63% do seu peso seco, enquanto que as de alta DBM variaram de 42 a 121,01%. O PHψ das espécies de baixa DBM variou pouco durante a estação chuvosa e seca. A média do PHψ no período chuvoso foi de -0,3 MPa e no período seco de -1.3 para as espécies que acumulam água no caule. As que não possuem essa estratégia foi de -0.6 MPa no período chuvoso e -7.0 na seca. Conclui-se que espécies de baixa DBM em ambientes sazonalmente secos apresentam menor variação sazonal no status hídrico do que as de alta DBM. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016 2019-09-03T17:39:09Z 2019-09-03T17:39:09Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/conferenceObject |
format |
conferenceObject |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
OLIVEIRA, Clemir Candeia de et al. Densidade da madeira: uma forte estratégia de sobrevivência para as espécies lenhosa de ambientes semiáridos. Revista Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 1, n. 1, 2016. (Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação, 9). http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/45372 |
identifier_str_mv |
OLIVEIRA, Clemir Candeia de et al. Densidade da madeira: uma forte estratégia de sobrevivência para as espécies lenhosa de ambientes semiáridos. Revista Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 1, n. 1, 2016. (Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação, 9). |
url |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/45372 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Ceará |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Ceará |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) instname:Universidade Federal do Ceará (UFC) instacron:UFC |
instname_str |
Universidade Federal do Ceará (UFC) |
instacron_str |
UFC |
institution |
UFC |
reponame_str |
Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
collection |
Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Universidade Federal do Ceará (UFC) |
repository.mail.fl_str_mv |
bu@ufc.br || repositorio@ufc.br |
_version_ |
1823806545742266368 |