“DO Alto Sertão À Colônia Sinimbú”: Retirantes, Trabalho E Resistência Na Província Do Rio Grande Do Norte (1877-1878).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maciel, Francisco Ramon de Matos
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Parente, Eduardo Oliveira, Neves, Frederico de Castro
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
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Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/45786
Resumo: Este artigo trata das primeiras ondas de migração sertaneja e seu impacto na província do Rio Grande do Norte na seca de 1877, e das formas de resistência dos retirantes na Colônia Agrícola Sinimbú. Algumas cidades e vilas litorâneas, como Ceará-Mirim, Macau, Mossoró e Natal, tornaram-se os locais escolhidos pelas famílias vindas do alto sertão potiguar, Ceará e Paraíba para se abrigarem da seca. No cotidiano da espera por socorros os retirantes encontram o drama da fome, miséria e morte no espaço citadino. As autoridades, por meio do discurso e prática sobre o trabalho, conseguirá reunir uma mão de obra para os serviços de obras públicas, que além de converter os gêneros alimentícios em espécie de salário, também era uma forma de controle e ordenamento social nessa seca. A construção da Colônia Agrícola Sinimbú, em primeiro de junho de 1878, entre as vilas de Ceará-Mirim e Extremoz, embora tivesse os ideais do trabalho disciplinador, não alcançou os fins desejados. Sua péssima administração e desaprovação pela elite política e rural levará seu fechamento no fim do corrente. Para algumas autoridades era de melhor uso a força de trabalho retirante nos serviços de melhoramentos provincial – aberturas de rios, estradas, aformoseamento urbano e serviços gerais - especialmente no vale do Ceará-Mirim, região de engenhos de cana de açúcar. A curta existência da Colônia Agrícola Sinimbú revela o uso da violência e exploração de seus diretores sobre os retirantes e colonos, aspectos não aceitos passivamente. Na madrugada entre os dias 15 a 16 de Julho ocorrerá um ataque ao armazém dos gêneros alimentício e em prol do socorro de uma criança castigada pelo diretor Arsênio Celestino Pimentel, ocorrendo uma represália violenta. Esse artigo insere-se na linha de pesquisa da história social do trabalho e migração, que busca compreender os sujeitos como agentes de sua própria formação, através das múltiplas experiências construídas
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