Inquisição no Brasil Colonial: controle religioso e social por meio de uma “pedagogia do medo” (séculos XVII-XVIII)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Halyson Rodrygo Silva de
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Funes, Eurípedes Antônio
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/47628
Resumo: Nas últimas décadas, tem-se verificado que as recentes pesquisas no âmbito da história colonial do Brasil vêm se renovando em seus temas e abordagens. Para além do fator econômico como determinante das análises da formação do espaço colonial da América Portuguesa, estas pesquisas evidenciam que a compreensão histórica do passado colonial no Brasil pode ser revisitada baseando-se também em aspectos culturais e sociais, inserindo, assim, estas abordagens em uma relação dialógica. Assim sendo, as análises sobre os papéis desempenhados pelas instituições portuguesas transladadas para o Brasil se inserem neste movimento historiográfico. No caso da atuação de órgãos e instituições ligadas a Igreja Católica, esta amplitude analítica ganha relevo considerável. À cristianização da sociedade colonial do Brasil operou-se concomitantemente um complexo sistema de controle religioso e das moralidades coloniais, executada pelas instituições religiosas portuguesas. Nesse sentido, a presença do Tribunal do Santo Ofício da Inquisição portuguesa no Brasil colonial dos séculos XVII e XVIII é significativa, de um lado, para avaliarmos de que modo esta instituição atuou nos territórios coloniais como instrumento de controle social por meio da religião através de suas práticas investigativas e de seu arsenal punitivo; bem como evidenciar as formas de resistências sociais àquilo que a historiografia vem denominando de “pedagogia do medo” executada pela Inquisição, de outro. Deste modo, a presente comunicação tem por objetivo evidenciar os resultados iniciais de uma pesquisa em desenvolvimento, na qual se analisa as táticas e as estratégias de resistências sociais desenvolvidas por grupos e indivíduos diversos nas Capitanias do Norte do Brasil no decorrer os séculos XVII e XVIII em relação a atuação do "Santo Ofício" português. APOIO CAPES.
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