Raymundo Nina Rodrigues e as temporalidades do impresso: produção e circulação de jornais e revistas a partir do olhar de um médico durante a Primeira República
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/40303 |
Resumo: | O trabalho que ora realizamos constitui um desdobramento do estudo desenvolvido na tese “Nina Rodrigues: os náufragos do tempo e a esfinge do futuro”, cujo mote principal são as camadas temporais que se entrecruzam e se separam na barafunda de experiências sobre o presente, passado e futuro, num esforço de entender como o tempo foi mobilizado de diversas maneiras nas construções de um médico-cientista obcecado pelo futuro, no embate com a duração lenta atribuída ao Outro (Fabian: 2013), entendendo o presente como lugar da ação (Koselleck: 2006; 2014). Especialmente a partir dos anos de 1930, este posicionamento de Nina Rodrigues foi definido pelos seus leitores como pessimista, uma categoria temporal correspondente ao desencantamento produzido pela certeza de que o vir-à-ser estaria marcado pela decadência motivada pela mestiçagem. Embora não seja o objetivo do presente artigo enfrentar, de forma mais intensa, a questão acima, deve-se enfatizar que a problemática das experiências temporais perpassará toda a construção do texto, cujo objetivo é analisar a relação entre a circulação de impressos e o tempo a partir das considerações de Raymundo Nina Rodrigues sobre a imprensa brasileira na Primeira República. “Um dos mais racistas de nossos pensadores racistas”, como afirmou a antropóloga Mariza Correa (2010), Nina Rodrigues interessou-se profundamente pelos jornais e revistas: dedicou-se à atividade editorial, especialmente nos primeiros anos de carreira como lente da Faculdade de Medicina da Bahia, escreveu artigos, traduziu pesquisas internacionais no âmbito da imprensa médica brasileira, publicou estudos em anais europeus de Medicina Legal e Antropologia Criminal e foi, também, um consumidor dessas produções externas. [...] |
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