Turismo sexual e prostituição: uma reflexão sobre o uso das Políticas de Comunicação sob a ótica da mulher prostituta

• Autor(a) principal: Silva, Luis Arthur da Costa
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
• Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/44332
• topic: Turismo sexual; Prostituição - Fortaleza (CE); Comunicação - Aspectos sociais

Estudo da inserção da prostituição nas Políticas de Comunicação com enfoque no turismo sexual. Disseca cada um desses três eixos temáticos em capítulos correspondentes, a partir da metodologia utilizada: pesquisa qualitativa, revisão bibliográfica e entrevistas abertas com prostitutas. A prostituição é contextualizada historicamente. Com isso, a pesquisa constata que as trabalhadoras do sexo são estigmatizadas por séculos, segundo registros bibliográficos. Elas já foram classificadas como destruidoras de lares, mal necessário, mulheres de vida fácil, profissionais mais antigas da humanidade, dentre outras depreciações. Analisa, ainda, a ocorrência da prostituição no Estado do Ceará. Reconstitui o engajamento sociopolítico das prostitutas no Brasil e sua organização em movimentos sociais. Explica o surgimento da Associação de Prostitutas do Ceará (APROCE), suas finalidades e linhas de atuação para a consecução daquelas. Trata do turismo sexual e sua relação com outras práticas. Dentre elas: migrações transnacionais e tráfico humano, exploração sexual de crianças e adolescentes, comércio ilegal de entorpecentes e prostituição. Descreve a atividade do turismo sexual no Ceará e como o Poder Público contribuiu para a sua disseminação. Explicita algumas implicações penais para quem visita o país com o desejo de participar de redes de pedofilia e exploração da prostituição. Trabalha o conceito de Políticas de Comunicação. Apresenta sua situação atual no Brasil. Expõe sua autoridade para robustecer nossa democracia, proteger grupos em vulnerabilidade social e favorecer a conquista de direitos. Examina as Políticas de Comunicação que abordam o turismo sexual. Aprofunda essa discussão em torno da imagem da prostituta nessas Políticas. Revela que isso não ocorre porque, anteriormente, a imagem da mulher foi promovida equivocadamente na publicidade oficial brasileira. Pondera que a situação pode e merece ser revertida. Conclui propondo um novo olhar a esse respeito, a partir das próprias trabalhadoras do sexo.