Cultivo da microalga Chaetoceros Gracilis com variação de salinidade e seu efeito no crescimento, produção de pigmentos fotossintéticos e exopolissacarídeos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Danilo Cavalcante da
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/69049
Resumo: A microalga Chaetoceros gracilis é uma espécie de grande importância para nutrição larval de organismos aquáticos, com alta taxa de crescimento e elevado valor nutricional. O estresse induzido em espécies de microalgas devido a luminosidade, nutrientes, temperatura, pH e salinidade, desencadeia a produção de diversos metabólitos, como por exemplo, lipídeos e polissacarídeos. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da salinidade no crescimento da microalga C. gracilis e na produção de pigmentos fotossintetizantes e exopolissacarídeos. O experimento, foi dividido em duas etapas com níveis de salinidades distintos, porém, ambas com 20 ppt como controle. O cultivo foi realizado em meio Guillard f/2, em salinidades inferiores (15, 10 e 5 ppt) e superiores (25, 30 e 35 ppt) ao controle, realizado em triplicata, com temperatura de 27° C, iluminação de 5.000 lux, aeração constante e inóculo microalgal de 1:3. Os cultivos tiveram duração de sete dias e para determinação das curvas de crescimento e verificação da densidade celular máxima e velocidade de crescimento foi aferido diariamente, por meio da contagem celular (câmara de Neubauer e microscópio óptico) e medição da absorbância (= 680 nm). Os pigmentos fotossintéticos (clorofila a, feofitina a e carotenoides totais) foram determinados pelo método espectrofotometrico. A obtenção de exopolissacarídeos foi obtida por precipitação alcoólica do sobrenadante do cultivo da microalga. A presença de sulfatação foi verificada por ensaio de metacromasia. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey (p<0,05). O tratamento com maior valor médio de absorbância foi T25 (1.089 ± 0.05 nm) e o menor foi T5 (0.864 ± 0.35 nm). A maior densidade celular máxima foi obtida em T20 (497±1 x104 cél mL-1) e T5 apresentou menor valor para este dado (313±10 x104 cél mL-1). Em relação aos pigmentos fotossintéticos, não foi possível observar diferenças significativas nas concentrações de clorofila a, feofitina a e carotenóides totais. Ficou evidente que a salinidade influenciou diretamente a produção de exopolissacarídeos. A concentração maior foi em T35 com 3,04 ± 0,06 g L-1 de exopolissacarídeos. Desta forma, a microalga Chaetoceros gracilis foi capaz de crescer em uma ampla faixa de salinidade, e que, as alterações do parâmetro avaliado, podem influenciar na produção de exopolissacarídeos.
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