"Não tenho medo da estiva, não": Crianças entre interações e acusações na comunidade do Serviluz
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
dARK ID: | ark:/83112/0013000014gc5 |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/43103 |
Resumo: | Esta monografia objetiva analisar as práticas culturais e as relações intersubjetivas de crianças moradoras de uma favela à beira-mar em Fortaleza – CE. O Serviluz está situado numa faixa de praia, enquistada na zona portuária, entre o cais do porto e o início do circuito de turismo e lazer da Praia do Futuro. Objetivo compreender como é ser criança na favela, como percebem a violência e os conflitos que ocorrem cotidianamente; como sentem a divisão territorial numa “comunidade partida” entre os vários segmentos de conflitos armados. Essas conflitualidades se refletem em suas relações sociais com outras crianças da comunidade? A metodologia do trabalho é composta por observação participante, entrevistas em profundidade, conversas informais, rodas de conversação, desenhos e oficinas. As narrativas das crianças estão imersas de discursividades acerca das violências que sofrem, mas também da violência que presenciam, e são nas brincadeiras e na religiosidade que expressam fortemente as situações de conflito da comunidade. Como é ser criança num bairro estigmatizado, mas ao mesmo tempo referência no surfe nacional e internacional? O Serviluz é um lugar de “glórias” (prêmios conquistados nos campeonatos de surfe), disputa de território entre facções rivais, “perdas” (altos índices de violência letal e outras modalidades de interação violenta), lutas e resistências (tentativas de remoção por parte do poder público e de empresas privadas) e onde já funcionou a principal zona de meretrício da cidade de Fortaleza e depois surgiram novos mercados do sexo diferentes do formato antigo. |
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"Não tenho medo da estiva, não": Crianças entre interações e acusações na comunidade do ServiluzCrianças - Aspectos sociais - Fortaleza (CE)Crianças e violência - Fortaleza (CE)Favelas - Fortaleza (CE)Brinquedos - Aspectos sociais - Fortaleza (CE)Conflito social - Fortaleza (CE)Esta monografia objetiva analisar as práticas culturais e as relações intersubjetivas de crianças moradoras de uma favela à beira-mar em Fortaleza – CE. O Serviluz está situado numa faixa de praia, enquistada na zona portuária, entre o cais do porto e o início do circuito de turismo e lazer da Praia do Futuro. Objetivo compreender como é ser criança na favela, como percebem a violência e os conflitos que ocorrem cotidianamente; como sentem a divisão territorial numa “comunidade partida” entre os vários segmentos de conflitos armados. Essas conflitualidades se refletem em suas relações sociais com outras crianças da comunidade? A metodologia do trabalho é composta por observação participante, entrevistas em profundidade, conversas informais, rodas de conversação, desenhos e oficinas. As narrativas das crianças estão imersas de discursividades acerca das violências que sofrem, mas também da violência que presenciam, e são nas brincadeiras e na religiosidade que expressam fortemente as situações de conflito da comunidade. Como é ser criança num bairro estigmatizado, mas ao mesmo tempo referência no surfe nacional e internacional? O Serviluz é um lugar de “glórias” (prêmios conquistados nos campeonatos de surfe), disputa de território entre facções rivais, “perdas” (altos índices de violência letal e outras modalidades de interação violenta), lutas e resistências (tentativas de remoção por parte do poder público e de empresas privadas) e onde já funcionou a principal zona de meretrício da cidade de Fortaleza e depois surgiram novos mercados do sexo diferentes do formato antigo.Ce monographie vise à analyser les pratiques culturelles et les relations interpersonnelles des enfants vivant dans une favela au bord de la mer à Fortaleza - CE. Le Serviluz est situé au littoral, dans une zone portuaire, entre o Cais do Porto et le début du circuit du tourisme et des loisirs de la Praia do Futuro. L'objectif est de comprendre comment est être un enfant dans la favela, comment ils apperçoivent la violence et les conflits qui se produisent tous les jours; comment ils comprennent la division du territoire dans une communauté partagée entre les différents segments de conflit armé. Des conflictualités ces sont reflétées dans leurs relations sociales avec d'autres enfants de la communauté? La méthodologie de travail se compose de l'observation participante, des entretiens approfondis, des conversations informelles, des groupes de conversation, des dessins et desateliers. Les récits des enfants réflètent la violence contre eux, mais aussi celles dont ils sont témoins; et c´est lors des jeux et de l´expression de la religiosité qu´ils expriment fortement les situations de conflit de la communauté. C´est comment être un enfant dans un quartier stigmatisé, mais en même temps dans un quartier de référence du surf national et international? Le Serviluz est un lieu de "gloire" (les prix remportés dans championnats de surf), de disputes de territoire entre des factions rivales, des «pertes» (taux élevés de violence meurtrière et autres formes d'interactions violentes),des luttes et des résistances (les tentatives d'enlèvement par l'administration publique et par des entreprises privées) et dans um quartier qui a déjà été le principal quartier de prostitution de Fortaleza et où de nouveaux marchés du sexe différents ont surgi.Sá, Leonardo Damasceno deAguiar, Deiziane Pinheiro2019-06-26T13:53:46Z2019-06-26T13:53:46Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfAGUIAR, D. P. "Não tenho medo da estiva, não": Crianças entre interações e acusações na comunidade do Serviluz. 2014. 133 f. Monografia (Graduação em Ciências Sociais) - Departamento de Ciências Sociais, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2014.http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/43103ark:/83112/0013000014gc5porreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)instname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-06-26T13:53:46Zoai:repositorio.ufc.br:riufc/43103Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufc.br/ri-oai/requestbu@ufc.br || repositorio@ufc.bropendoar:2024-09-11T18:24:29.943229Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Universidade Federal do Ceará (UFC)false |
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