Políticas culturais e a legitimação de um discurso: o modelo cearense de patrimonialização da cultura (1966-1980)
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/42929 |
Resumo: | É sabido por nós que desde o primeiro governo de Vargas, as políticas culturais ganharam status de ferramenta de execução do poder público. Ficaram claras as possibilidades de construção de idéias de nação e unidade, além do peso de legitimação dado às diferentes políticas do estado quando este conta com a participação de setores da sociedade envolvidos com questões culturais. Certo é que o estudo da política cultural tem grande importância na análise do cotidiano político e social ao longo do século XX, na forma como se institucionalizam as invenções de tradições através dos órgãos competentes, criados inicialmente no primeiro governo Vargas e caracterizados pela presença massiva de intelectuais, principalmente os que estavam ligados ao modernismo. Antonio Gilberto Nogueira relaciona a ascensão das políticas culturais durante o Estado Novo a uma necessidade de autoconhecimento que aflige o país após a perda do referencial de desenvolvimento europeu nas primeiras décadas do novecentos. O país do futuro passa a requerer uma reflexão urgente sobre sua realidade e sua nacionalidade (NOGUEIRA, 2005, p. 182). Os intelectuais que atuaram nessa empreitada vêm também requerer o fim da divisão entre o “país político” e o “país real” construída nos anos da primeira república. E este intuito só seria alcançado criando instituições que representassem a “realidade nacional” como o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). (PÉCAUT, 1990, p. 42). [...] |
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