Identidades e fronteiras nacionais: conflitos e representações simbólicas entre imigrantes brasileiros e população paraguaia na região fronteiriça
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/52464 |
Resumo: | A migração de brasileiros para o Paraguai principia ainda no início da ditadura do general Alfredo Stroessner (1954-89) através de grandes proprietários rurais que adquirem terras baratas na região fronteiriça. Na década de 1960, com a denominada "Marcha al Este" e com o Estatuto Agrário de 1963, o qual permitia a venda de terras aos estrangeiros nas zonas de fronteira, o governo do Paraguai passou a executar políticas de colonização na região leste do país, facilitando a entrada de brasileiros nas localidades fronteiriças (Sprandel, 2002). Durante os anos 1970, a migração se intensifica como conseqüência de dois fatores principais: o processo de mecanização da lavoura nos estados do sul do Brasil, expulsando uma grande quantidade de trabalhadores rurais destas fazendas, e a construção da Usina de Itaipu em Foz do Iguaçu (PR). A modernização da agricultura na década de 1970 levou a um processo de deslocamento de muitos agricultores, posseiros e arrendatários das terras do Oeste do Paraná. Estes trabalhadores rurais, vindos de vários lugares do território nacional, tinham chegado na região há 20 ou 30 anos atrás. O caminho trilhado por estes agricultores para as terras do Paraná fazia parte de uma política deliberada do governo brasileiro no sentido de povoar as regiões fronteiriças, a denominada "Marcha ao Oeste". Com a mecanização agrícola nestas regiões, parte dos trabalhadores se deslocou para a região Centro-Oeste e Norte, outra ultrapassou a fronteira e começou a adquirir terras no território paraguaio (Zaar,2001). |
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