Construção e regulação do feminino no Almanaque de Farmácia D’a Saude da Mulher: análise de exemplares selecionados de 1930 a 1950
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/40471 |
Resumo: | This research discusses aspects related to the construction and regulation of the female body from the analysis of the selection of 19 specimens of the pharmacy almanac entitled "The Health of Women" published from 1930 to 1950. This publication was one of the most read by the ladies between the beginning of the twentieth century until the mid-seventies and was the most popular medicine in the national industry focused on health. It showed ads of medicines, horoscopes, illustrations, phases of the moon, agricultural calendar, among other varieties. An analysis of the contents present in these publications was carried out in a constant dialogue with the reflections of authors who dealt with topics related to gender, power relations, health, among others. We present a brief history about the regulation and medicalization of the female body, especially from the nineteenth century, when it became, more strongly, the object of medicine intervention. We conceived the pharmacy almanacs as tools that may have contributed to the ideals of progress and civilization so much sought in the first decades of the twentieth century, especially in the two decades analyzed (1930 and 1940), when the country underwent a process of industrialization and aimed at sanitizing and discipline its citizens to the new times. We argue that women's almanacs, wrapped in moral discourses associated with the emerging values of modernity, may have acted as a pedagogical device, teaching, inspiring, regulating behaviors and modeling subjectivities, especially those of women subject to their influence. Such publications targeted especially the bourgeois ladies, urging them to be docile, good mothers, wives and caretakers of the home. We conclude that the almanacs played an expressive role as instruments of regulation, educating and medicalizing the female body, disseminating ideals of femininity / virility, family, health, hygiene and national progress. With this study, we hope to provoke critical reflections about deep-rooted social constructions about the feminine from the past to the present day. |
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Construção e regulação do feminino no Almanaque de Farmácia D’a Saude da Mulher: análise de exemplares selecionados de 1930 a 1950Construction and regulation of the feminine in the Almanaque of Pharmacy of Women's Health: analysis of selected examples from 1930 to 1950Corpo femininoAlmanaques de farmáciaSaúde da MulherDispositivo pedagógicoThis research discusses aspects related to the construction and regulation of the female body from the analysis of the selection of 19 specimens of the pharmacy almanac entitled "The Health of Women" published from 1930 to 1950. This publication was one of the most read by the ladies between the beginning of the twentieth century until the mid-seventies and was the most popular medicine in the national industry focused on health. It showed ads of medicines, horoscopes, illustrations, phases of the moon, agricultural calendar, among other varieties. An analysis of the contents present in these publications was carried out in a constant dialogue with the reflections of authors who dealt with topics related to gender, power relations, health, among others. We present a brief history about the regulation and medicalization of the female body, especially from the nineteenth century, when it became, more strongly, the object of medicine intervention. We conceived the pharmacy almanacs as tools that may have contributed to the ideals of progress and civilization so much sought in the first decades of the twentieth century, especially in the two decades analyzed (1930 and 1940), when the country underwent a process of industrialization and aimed at sanitizing and discipline its citizens to the new times. We argue that women's almanacs, wrapped in moral discourses associated with the emerging values of modernity, may have acted as a pedagogical device, teaching, inspiring, regulating behaviors and modeling subjectivities, especially those of women subject to their influence. Such publications targeted especially the bourgeois ladies, urging them to be docile, good mothers, wives and caretakers of the home. We conclude that the almanacs played an expressive role as instruments of regulation, educating and medicalizing the female body, disseminating ideals of femininity / virility, family, health, hygiene and national progress. With this study, we hope to provoke critical reflections about deep-rooted social constructions about the feminine from the past to the present day.Esta pesquisa discute aspectos relacionados à construção e à regulação do corpo feminino a partir da análise da seleção de 19 exemplares do almanaque de farmácia intitulado d’A Saude da Mulher publicados de 1930 a 1950. Essa publicação era uma das mais lidas pelas senhoras entre o início do século XX até meados da década de setenta e veiculava o medicamento mais popular da indústria nacional voltado para sua saúde. Apresentava anúncios de medicamentos, horóscopos, ilustrações, fases da lua, calendário agrícola, entre outras variedades. Realizamos uma análise dos conteúdos presentes nessas publicações, em constante diálogo com as reflexões de autores que se debruçaram sobre temas ligados a gênero, relações de poder, saúde, entre outros. Apresentamos um breve percurso histórico acerca da regulação e medicalização do corpo feminino, principalmente a partir do século XIX, quando este passou a ser, mais fortemente, objeto de intervenção da medicina. Concebemos os almanaques de farmácia como ferramentas que podem ter contribuído com os ideais de progresso e civilização tão almejados nas primeiras décadas do século XX, principalmente nas duas décadas analisadas (1930 e 1940), quando o País passava por um processo de industrialização e visava higienizar e disciplinar seus cidadãos para os novos tempos. Argumentamos que os almanaques d’A Saude da Mulher, envoltos em discursos morais associados aos valores emergentes da modernidade, podem ter atuado como dispositivo pedagógico, ensinando, inspirando, regulando comportamentos e modelando subjetividades, principalmente as das mulheres sujeitas à sua influência. Tais publicações visavam especialmente as senhoras burguesas, instando-as a serem dóceis, boas mães, esposas e cuidadoras do lar. Concluímos que os almanaques tiveram papel expressivo como instrumentos de regulação, educando e medicalizando o corpo feminino, disseminando ideais de feminilidade/virilidade, família, saúde, higiene e progresso nacional. Com este estudo, esperamos provocar reflexões críticas acerca de arraigadas construções sociais sobre o feminino do passado até os nossos dias.Esta investigación discute aspectos relacionados a la construcción ya la regulación del cuerpo femenino a partir del análisis de la selección de 19 ejemplares del almanaque de farmacia titulado d'La Salud de la Mujer publicados de 1930 a 1950. Esa publicación era una de las más leídas por las señoras entre el inicio del siglo XX hasta mediados de la década de los setenta y vehiculaba el medicamento más popular de la industria nacional orientado a su salud. Presentaba anuncios de medicamentos, horóscopos, ilustraciones, fases de la luna, calendario agrícola, entre otras variedades. Realizamos un análisis de los contenidos presentes en esas publicaciones, en constante diálogo con las reflexiones de autores que se inclinaron sobre temas ligados al género, relaciones de poder, salud, entre otros. Presentamos un breve recorrido histórico acerca de la regulación y medicalización del cuerpo femenino, principalmente a partir del siglo XIX, cuando éste pasó a ser, más fuertemente, objeto de intervención de la medicina. En el siglo XX, en las dos décadas analizadas (1930 y 1940), concebimos los almanaques de farmacia como herramientas que pudieron haber contribuido con los ideales de progreso y civilización tan anhelados en las primeras décadas del siglo XX, cuando el país pasaba por un proceso de industrialización y visaba higienizar y disciplinar a sus ciudadanos para los nuevos tiempos. Argumentamos que los almanaques de La Salud de la Mujer, envueltos en discursos morales asociados a los valores emergentes de la modernidad, pudieron haber actuado como dispositivo pedagógico, enseñando, inspirando, regulando comportamientos y modelando subjetividades, principalmente las de las mujeres sujetas a su influencia. Tales publicaciones contemplaban especialmente a las señoras burguesas, instándolas a ser dóciles, buenas madres, esposas y cuidadoras del hogar. Concluimos que los almanaques tuvieron un papel expresivo como instrumentos de regulación, educando y medicalizando el cuerpo femenino, diseminando ideales de feminidad / virilidad, familia, salud, higiene y progreso nacional. Con este estudio, esperamos provocar reflexiones críticas acerca de arraigadas construcciones sociales sobre lo femenino del pasado hasta nuestros días.Germano, Idilva Maria PiresSantos, Beatriz Oliveira2019-03-28T18:24:43Z2019-03-28T18:24:43Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSANTOS, Beatriz Oliveira. 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