Hypolita: a história de uma mulher negociando sua liberdade no Crato (Ceará) e no Exu (Pernambuco) oitocentista
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
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Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/42878 |
Resumo: | Propomo-nos, neste trabalho analisar alguns indícios da . Esta mulher nascida de ventre livre, recebeu o nome cristão de Hypolita Maria das Dores, mulata, viúva de um escravo, cujo nome não conhecemos, tendo contraído em 1858 um segundo matrimônio com Galdino, homem livre. Filha de Maria das Dores, forra, e de Francisco Pillé, homem livre. Neta de Antonia, cabra, escrava, e de um homem livre e rico (não conseguimos identificar seu nome) e bisneta de Geraldo, homem livre. Nasceu em 1823, em um lugar chamado margens do Rio São Francisco, pequeno povoado localizado na Província de Pernambuco. Nossa personagem nasceu e foi batizada, portanto, como pessoa livre, condição que se irá demonstrar precária, como veremos; Hypólita teve por madrinha Dona Joana Paula de Jesus, mãe da órfã Ana. Viveu livremente os primeiros anos da infância em margens do Rio São Francisco, ao lado de seus pais; ainda era criança quando Dona Joana decidiu mudarse com a família para o Exu. Segundo os documentos que consultamos, Maria, desejando uma melhor educação para a filha, permitiu que Hypolita fosse morar com a madrinha, Dona Joana. A partir daqui começa o drama de nossa personagem. Ana casou-se com João Pereira de Carvalho, morador do Crato e ele escravizou Hypolita. Em 1856, ela recorreu à justiça da cidade do Crato, tentando provar e reaver a sua liberdade e a de seus cinco filhos: Rafael, Gabriel, Maria, Daniel e Pedro; Não obtendo sucesso, fugiu para o Exu e tentou a justiça de Ouricuri, Província de Pernambuco. O processo durou quase três anos ganhando repercussão nas páginas do jornal O Araripe. Por meio desse veículo de comunicação, acompanhamos, em grandes traços, sua vida, a de seus parentes e a de pessoas de seu convívio. [...] |
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