Tecnologia, globalização e capital humano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1996 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
dARK ID: | ark:/83112/00130000185hk |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/64777 |
Resumo: | A tecnologia desempenha atualmente um papel de extrema relevância para a determinação do nível de competitividade das empresas industriais, principalmente diante de um processo crescente de globalização da economia mundial. Assim sendo, podemos dizer que a preocupação básica deste trabalho é a de investigar, através de uma análise eminentemente neo-schumpeteriana, quais seriam os fatores que a longo prazo determinariam a competitividade das empresas industriais dos diversos países do mundo. Primeiramente, devemos salientar que o conceito de globalização é bastante amplo e complexo e diz respeito à integração dos sistemas econômicos a nível mundial, compreendendo tanto a internacionalização dos mercados, da produção e financeira. Além disto, podemos dizer que este processo somente começou a se configurar como tal a partir de 1945 mas, foi somente a partir de meados da década de 70 que ele se aprofundou sensivelmente, quando mudanças importantes ocorreram no âmbito das principais economias mundiais. Isto se deveu principalmente às transformações radicais que vinham ocorrendo na esfera produtiva, que colocaram a microeletrônica corno a base tecnológica de um número crescente de empresas, configurando uma verdadeira revolução científico-tecnológica, que usualmente é chamada de Illª Revolução Industrial. Esta revolução marca o surgimento de um novo paradigma tecnológico, que vem a substituir quase que completamente o padrão dominante ate então: o modelo fordista-taylorista. As condições fundamentais então existentes para que isto tenha ocorrido foram as seguintes: (1) ampla aplicabilidade das novas tecnologias, (2) oferta crescente e suficiente para suprir a demanda na fase de difusão acelerada, (3) queda acentuada dos preços relativos dos produtos portadores das inovações, (4) fortes impactos sobre as estruturas organizacionais das empresas e sobre os processos de trabalho e, (5) efeitos redutores de custos e amplificadores sobre a produtividade. Desta forma, podemos perceber que as empresas industriais não conseguem passar incólumes por este processo sem que sejam levadas a fazer profundas mudanças nas suas estruturas produtivas, seja no sentido de modificar a sua base técnica, de criar ou adotar novos processos de trabalho e de organização da produção, de reduzir custos, de melhorar a qualidade dos seus produtos etc:, sob pena de perderem fatias expressivas do seu mercado corrente e até de desaparecerem. Portanto, dentre os principais fatores que provocam a reestruturação produtiva das empresas temos: (1) o aumento do ritmo das inovações tecnológicas, (2) a diminuição dos ciclos de vida de produtos, processos e equipamentos, (3) o aumento do risco dos investimentos produtivos,(4) a redução e substituição no uso de insumos e, (5) as mudanças nas preferências dos consumidores. Vale salientar também que, à medida em que surgem novas tecnologias e novas formas de organização da produção, faz-se necessária a utilização de uma mão-de-obra melhor qualificada, isto é, mais importantes se tomam os investimentos em capital humano. Portanto, diante do que foi aqui explanado, podemos concluir que a competitividade deve ser considerada essencialmente como um conceito estratégico, podendo ser definida como sendo a capacidade, real ou potencial, da empresa manter ou expandir sua participação nos mercados nacional e internacional, além de promover simultaneamente a melhoria da qualidade e da produtividade. Desta forma, propomos os seguintes fatores como determinantes a longo prazo da competitividade das empresas industriais, são eles: (1) a abertura de novos mercados, (2) a flexibilização produtiva, (3) a flexibilização dos custos de produção, (4) a criação e/ou a adoção de novas tecnologias, (5) os investimentos em capital humano e, (6) a formação de alianças tecnológicas. |
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