Impacto quantitativo do reúso indireto não planejado de águas na garantia do Açude Ayres de Sousa, Ceará

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gondim, Ronner Braga
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Araújo, José Carlos de, Costa, Carlos Alexandre Gomes
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/55343
Resumo: A gestão dos reservatórios do semiárido nordestino possui importância estratégica na garantia do abastecimento de água para múltiplos usos. A elevada perda de água por evaporação e infiltração na superfície dos reservatórios e na transposição de água são importantes processos que reduzem a eficiência no suprimento hídrico. Portanto, é imprescindível que os modelos de gestão sejam auxiliados por modelos hidrológicos e de alocação eficientes. Geralmente, o retorno das águas residuárias geradas pelas múltiplas demandas aos corpos hídricos são desconsiderados nos modelos, ou seja, ignora-se o reúso indireto que incrementa as vazões afluentes de reservatórios a jusante. O objetivo deste estudo é avaliar o impacto quantitativo do reuso indireto não planejado na garantia do Açude Ayres de Sousa. Foram utilizados os Modelos VYELAS (Volume-Yield Elasticity) para quantificação da vazão máxima outorgável; o WASA (Water Availability in Semi-Arid Environments) como modelo hidrológico para geração de deflúvio e o SIGA (Sistema de Informações para Gerenciamento da Alocação de Água) como ferramenta de simulação operacional dos reservatórios e de alocação de água. Comparando os resultados dos cenários com e sem reúso indireto de águas, foi possível constatar que a inclusão do reúso indireto no modelo resultou no aumento de 0,8% na garantia do Açude Ayres de Sousa, para o período analisado de 38 anos. Entretanto, a importância do reúso indireto no modelo se torna evidente ao analisar o período da seca de 2012-17, obtendo-se um incremento médio de 2,8% no período, e máximo de 10,6% no mês mais crítico. Do ponto de vista quantitativo, o reúso indireto não planejado é relevante em períodos prolongados de seca, principalmente quando os reservatórios atingem estoques críticos.
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