Os arquivos pessoais de Jerônimo Vingt-un Rosado Maia e a escrita de si
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/43045 |
Resumo: | Jerônimo Vingt-un Rosado Maia era o vigésimo primeiro e último filho de Jerônimo Ribeiro Rosado, farmacêutico procedente da cidade de Catolé Rocha – PB que chegou a Mossoró – RN, no ano de 1890, para instalar uma farmácia juntamente com Dr. Almeida Castro. Nesse período, a cidade era uma praça comercial em crescimento e mantinha trocas comerciais com as praças do Ceará e da Paraíba. Mesmo sendo um forasteiro, Rosado consegue inserir-se dentro da sociedade e da política local, chegando a ser presidente da Intendência Municipal no período de 1917 a 1919. Destacou-se na cidade por seu gosto pela ciência, por seu modo peculiar de vestir-se, e por nomear seus filhos com números em latim ou francês correspondentes à ordem do seu nascimento. Por isso, a geração de seus filhos ficou sendo conhecida como “os numerados”. Tal geração, segundo Felipe (2001), recebeu do velho Jerônimo a missão de trabalhar pelo crescimento de Mossoró. Um deles, Dix-sept Rosado, levou esta tarefa a um ponto máximo, tornando-se Prefeito do município em 1948 e assumindo o posto de chefe familiar e local, passando a atribuir funções aos irmãos visando cumprir o sonho de seu pai. Segundo Felipe, isso era uma estratégia política e simbólica para ampliar o poder da família Rosado. Ainda segundo Felipe, como parte da divisão de tarefas, coube ao irmão caçula Jerônimo Vingt-un Rosado Maia ocupar-se com as questões envolvendo a cultura da cidade e com a elaboração da história escrita da mesma. Assim, analogamente ao IHGB, que criou uma história escrita para o Brasil Império, Vingt-un por meio da Coleção Mossoroense1 elaborou a história da cidade de Mossoró produzindo para a mesma uma memória coletiva construtora de uma identidade local pautada nas ideias de coragem, pioneirismo, valentia. Nesse exercício de produção de uma historiografia a respeito de Mossoró, acabou realizando dois movimentos: o primeiro foi o de criar para sua família um lugar de destaque dentro da história da cidade; e o segundo foi o de criar para si o lugar de intelectual sempre disposto a lutar pela cultura de sua cidade natal. [...] |
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Os arquivos pessoais de Jerônimo Vingt-un Rosado Maia e a escrita de siBiografia - Jerônimo Vingt-un Rosado MaiaFamílias tradicionais - MossoróInfluência políticaJerônimo Vingt-un Rosado Maia era o vigésimo primeiro e último filho de Jerônimo Ribeiro Rosado, farmacêutico procedente da cidade de Catolé Rocha – PB que chegou a Mossoró – RN, no ano de 1890, para instalar uma farmácia juntamente com Dr. Almeida Castro. Nesse período, a cidade era uma praça comercial em crescimento e mantinha trocas comerciais com as praças do Ceará e da Paraíba. Mesmo sendo um forasteiro, Rosado consegue inserir-se dentro da sociedade e da política local, chegando a ser presidente da Intendência Municipal no período de 1917 a 1919. Destacou-se na cidade por seu gosto pela ciência, por seu modo peculiar de vestir-se, e por nomear seus filhos com números em latim ou francês correspondentes à ordem do seu nascimento. Por isso, a geração de seus filhos ficou sendo conhecida como “os numerados”. Tal geração, segundo Felipe (2001), recebeu do velho Jerônimo a missão de trabalhar pelo crescimento de Mossoró. Um deles, Dix-sept Rosado, levou esta tarefa a um ponto máximo, tornando-se Prefeito do município em 1948 e assumindo o posto de chefe familiar e local, passando a atribuir funções aos irmãos visando cumprir o sonho de seu pai. Segundo Felipe, isso era uma estratégia política e simbólica para ampliar o poder da família Rosado. Ainda segundo Felipe, como parte da divisão de tarefas, coube ao irmão caçula Jerônimo Vingt-un Rosado Maia ocupar-se com as questões envolvendo a cultura da cidade e com a elaboração da história escrita da mesma. Assim, analogamente ao IHGB, que criou uma história escrita para o Brasil Império, Vingt-un por meio da Coleção Mossoroense1 elaborou a história da cidade de Mossoró produzindo para a mesma uma memória coletiva construtora de uma identidade local pautada nas ideias de coragem, pioneirismo, valentia. Nesse exercício de produção de uma historiografia a respeito de Mossoró, acabou realizando dois movimentos: o primeiro foi o de criar para sua família um lugar de destaque dentro da história da cidade; e o segundo foi o de criar para si o lugar de intelectual sempre disposto a lutar pela cultura de sua cidade natal. [...]Expressão Gráfica; Wave Media2019-06-25T14:18:12Z2019-06-25T14:18:12Z2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectapplication/pdfFERNANDES, Paula Rejane. Os arquivos pessoais de Jerônimo Vingt-un Rosado Maia e a escrita de si. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA, 3.; SEMINÁRIO DE PESQUISA DO DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA DA UFC, 10., 1-3 out. 2012, Fortaleza (Ce). Anais... Fortaleza (Ce): Expressão Gráfica; Wave Media, 2012.http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/43045Fernandes, Paula Rejaneinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)instname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFC2023-10-31T14:59:39Zoai:repositorio.ufc.br:riufc/43045Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufc.br/ri-oai/requestbu@ufc.br || repositorio@ufc.bropendoar:2024-09-11T18:21:58.572548Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Universidade Federal do Ceará (UFC)false |
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