Causa da mortandade de peixes no Açude Santo Anastácio
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/61993 |
Resumo: | O açude Santo Anastácio, localizado no Campus do Pici, sofreu um de seus maiores episódios de desequilíbrio ambiental em abril de 2016, chamando atenção da comunidade acadêmica, população vizinha e mídia local. O açude sofre com despejos contínuos de esgotos domésticos, resíduos industriais e lixo, carreados desde a lagoa da Parangaba, tornando-o uma espécie de “lagoa de estabilização”. A morte em massa da população de peixes durante dois dias consecutivos, após uma quadra chuvosa, trouxe questionamentos acerca da principal causa da poluição. A utilização de uma sonda para medição de parâmetros físicos e químicos na água apontou que o Oxigênio Dissolvido (OD) chegou ao valor de 0,21 mg L-1 (Valor Máximo Permitido, VMP: 5,0 mg L-1 O2), ou seja, não existia oxigênio disponível no corpo lêntico. As análises de amostras de água levadas ao Laboratório de Análises Químicas (LAQUIM) constataram que os níveis de fósforo total, o maior responsável pela eutrofização e nutriente mais limitante foi de 1,369 mg L-1 (VMP: 0,03 mg L-1) e de nitrogênio total de 7,688 mg L-1 (VMP: 1,27 mg L-1), sendo que a maioria desses elementos estavam na forma orgânica. Os baixos resultados de nitrato (≤ LQ), nitrito (0,008 mg L-1; VMP: 1,0 mg L-1) e altíssimo valor de Demanda Química de Oxigênio (DQO) (137,2 mg L-1 O2; VMP: 5 mg L-1 O2), nos levaram a conclusão que houve um grande aporte de matéria orgânica no açude e que o foco de poluição estava bem próximo ao Campus. O alto nível de nutrientes, pouca penetração de luz, baixa concentração de OD e alto crescimento de algas foram intensificados por um grande vazamento nas tubulações de esgotos que passam pelo Campus, bem próximo ao açude. Análises recentes, realizadas em agosto do corrente ano, mostraram uma redução dos valores anteriormente encontrados, como uma forma de restabelecimento por autodepuração do Açude Santo Anastácio, que ainda resiste à falta de saneamento e urbanização desordenada. |
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Causa da mortandade de peixes no Açude Santo AnastácioPeixes - Populações - Efeito da qualidade da águaBarragens e açudesAçude Santo AnastácioO açude Santo Anastácio, localizado no Campus do Pici, sofreu um de seus maiores episódios de desequilíbrio ambiental em abril de 2016, chamando atenção da comunidade acadêmica, população vizinha e mídia local. O açude sofre com despejos contínuos de esgotos domésticos, resíduos industriais e lixo, carreados desde a lagoa da Parangaba, tornando-o uma espécie de “lagoa de estabilização”. A morte em massa da população de peixes durante dois dias consecutivos, após uma quadra chuvosa, trouxe questionamentos acerca da principal causa da poluição. A utilização de uma sonda para medição de parâmetros físicos e químicos na água apontou que o Oxigênio Dissolvido (OD) chegou ao valor de 0,21 mg L-1 (Valor Máximo Permitido, VMP: 5,0 mg L-1 O2), ou seja, não existia oxigênio disponível no corpo lêntico. As análises de amostras de água levadas ao Laboratório de Análises Químicas (LAQUIM) constataram que os níveis de fósforo total, o maior responsável pela eutrofização e nutriente mais limitante foi de 1,369 mg L-1 (VMP: 0,03 mg L-1) e de nitrogênio total de 7,688 mg L-1 (VMP: 1,27 mg L-1), sendo que a maioria desses elementos estavam na forma orgânica. Os baixos resultados de nitrato (≤ LQ), nitrito (0,008 mg L-1; VMP: 1,0 mg L-1) e altíssimo valor de Demanda Química de Oxigênio (DQO) (137,2 mg L-1 O2; VMP: 5 mg L-1 O2), nos levaram a conclusão que houve um grande aporte de matéria orgânica no açude e que o foco de poluição estava bem próximo ao Campus. O alto nível de nutrientes, pouca penetração de luz, baixa concentração de OD e alto crescimento de algas foram intensificados por um grande vazamento nas tubulações de esgotos que passam pelo Campus, bem próximo ao açude. Análises recentes, realizadas em agosto do corrente ano, mostraram uma redução dos valores anteriormente encontrados, como uma forma de restabelecimento por autodepuração do Açude Santo Anastácio, que ainda resiste à falta de saneamento e urbanização desordenada.Universidade Federal do Ceará2021-11-11T19:43:42Z2021-11-11T19:43:42Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectapplication/pdfMOREIRA, Taina Dantas; MEDEIROS, Samuel Lucas Santos; BECKER, Helena. Causa da mortandade de peixes no Açude Santo Anastácio. Revista Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 1, n. 1, 2016. (Encontro de Extensão, 25)http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/61993Moreira, Taina DantasMedeiros, Samuel Lucas SantosBecker, Helenainfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)instname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFC2023-10-02T13:40:06Zoai:repositorio.ufc.br:riufc/61993Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufc.br/ri-oai/requestbu@ufc.br || repositorio@ufc.bropendoar:2024-09-11T18:22:15.901741Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Universidade Federal do Ceará (UFC)false |
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O açude Santo Anastácio, localizado no Campus do Pici, sofreu um de seus maiores episódios de desequilíbrio ambiental em abril de 2016, chamando atenção da comunidade acadêmica, população vizinha e mídia local. O açude sofre com despejos contínuos de esgotos domésticos, resíduos industriais e lixo, carreados desde a lagoa da Parangaba, tornando-o uma espécie de “lagoa de estabilização”. A morte em massa da população de peixes durante dois dias consecutivos, após uma quadra chuvosa, trouxe questionamentos acerca da principal causa da poluição. A utilização de uma sonda para medição de parâmetros físicos e químicos na água apontou que o Oxigênio Dissolvido (OD) chegou ao valor de 0,21 mg L-1 (Valor Máximo Permitido, VMP: 5,0 mg L-1 O2), ou seja, não existia oxigênio disponível no corpo lêntico. As análises de amostras de água levadas ao Laboratório de Análises Químicas (LAQUIM) constataram que os níveis de fósforo total, o maior responsável pela eutrofização e nutriente mais limitante foi de 1,369 mg L-1 (VMP: 0,03 mg L-1) e de nitrogênio total de 7,688 mg L-1 (VMP: 1,27 mg L-1), sendo que a maioria desses elementos estavam na forma orgânica. Os baixos resultados de nitrato (≤ LQ), nitrito (0,008 mg L-1; VMP: 1,0 mg L-1) e altíssimo valor de Demanda Química de Oxigênio (DQO) (137,2 mg L-1 O2; VMP: 5 mg L-1 O2), nos levaram a conclusão que houve um grande aporte de matéria orgânica no açude e que o foco de poluição estava bem próximo ao Campus. O alto nível de nutrientes, pouca penetração de luz, baixa concentração de OD e alto crescimento de algas foram intensificados por um grande vazamento nas tubulações de esgotos que passam pelo Campus, bem próximo ao açude. Análises recentes, realizadas em agosto do corrente ano, mostraram uma redução dos valores anteriormente encontrados, como uma forma de restabelecimento por autodepuração do Açude Santo Anastácio, que ainda resiste à falta de saneamento e urbanização desordenada. |
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