Causa da mortandade de peixes no Açude Santo Anastácio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Taina Dantas
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Medeiros, Samuel Lucas Santos, Becker, Helena
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/61993
Resumo: O açude Santo Anastácio, localizado no Campus do Pici, sofreu um de seus maiores episódios de desequilíbrio ambiental em abril de 2016, chamando atenção da comunidade acadêmica, população vizinha e mídia local. O açude sofre com despejos contínuos de esgotos domésticos, resíduos industriais e lixo, carreados desde a lagoa da Parangaba, tornando-o uma espécie de “lagoa de estabilização”. A morte em massa da população de peixes durante dois dias consecutivos, após uma quadra chuvosa, trouxe questionamentos acerca da principal causa da poluição. A utilização de uma sonda para medição de parâmetros físicos e químicos na água apontou que o Oxigênio Dissolvido (OD) chegou ao valor de 0,21 mg L-1 (Valor Máximo Permitido, VMP: 5,0 mg L-1 O2), ou seja, não existia oxigênio disponível no corpo lêntico. As análises de amostras de água levadas ao Laboratório de Análises Químicas (LAQUIM) constataram que os níveis de fósforo total, o maior responsável pela eutrofização e nutriente mais limitante foi de 1,369 mg L-1 (VMP: 0,03 mg L-1) e de nitrogênio total de 7,688 mg L-1 (VMP: 1,27 mg L-1), sendo que a maioria desses elementos estavam na forma orgânica. Os baixos resultados de nitrato (≤ LQ), nitrito (0,008 mg L-1; VMP: 1,0 mg L-1) e altíssimo valor de Demanda Química de Oxigênio (DQO) (137,2 mg L-1 O2; VMP: 5 mg L-1 O2), nos levaram a conclusão que houve um grande aporte de matéria orgânica no açude e que o foco de poluição estava bem próximo ao Campus. O alto nível de nutrientes, pouca penetração de luz, baixa concentração de OD e alto crescimento de algas foram intensificados por um grande vazamento nas tubulações de esgotos que passam pelo Campus, bem próximo ao açude. Análises recentes, realizadas em agosto do corrente ano, mostraram uma redução dos valores anteriormente encontrados, como uma forma de restabelecimento por autodepuração do Açude Santo Anastácio, que ainda resiste à falta de saneamento e urbanização desordenada.
id UFC-7_d2695c678dcf752a04802889be2331f7
oai_identifier_str oai:repositorio.ufc.br:riufc/61993
network_acronym_str UFC-7
network_name_str Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
repository_id_str
spelling Causa da mortandade de peixes no Açude Santo AnastácioPeixes - Populações - Efeito da qualidade da águaBarragens e açudesAçude Santo AnastácioO açude Santo Anastácio, localizado no Campus do Pici, sofreu um de seus maiores episódios de desequilíbrio ambiental em abril de 2016, chamando atenção da comunidade acadêmica, população vizinha e mídia local. O açude sofre com despejos contínuos de esgotos domésticos, resíduos industriais e lixo, carreados desde a lagoa da Parangaba, tornando-o uma espécie de “lagoa de estabilização”. A morte em massa da população de peixes durante dois dias consecutivos, após uma quadra chuvosa, trouxe questionamentos acerca da principal causa da poluição. A utilização de uma sonda para medição de parâmetros físicos e químicos na água apontou que o Oxigênio Dissolvido (OD) chegou ao valor de 0,21 mg L-1 (Valor Máximo Permitido, VMP: 5,0 mg L-1 O2), ou seja, não existia oxigênio disponível no corpo lêntico. As análises de amostras de água levadas ao Laboratório de Análises Químicas (LAQUIM) constataram que os níveis de fósforo total, o maior responsável pela eutrofização e nutriente mais limitante foi de 1,369 mg L-1 (VMP: 0,03 mg L-1) e de nitrogênio total de 7,688 mg L-1 (VMP: 1,27 mg L-1), sendo que a maioria desses elementos estavam na forma orgânica. Os baixos resultados de nitrato (≤ LQ), nitrito (0,008 mg L-1; VMP: 1,0 mg L-1) e altíssimo valor de Demanda Química de Oxigênio (DQO) (137,2 mg L-1 O2; VMP: 5 mg L-1 O2), nos levaram a conclusão que houve um grande aporte de matéria orgânica no açude e que o foco de poluição estava bem próximo ao Campus. O alto nível de nutrientes, pouca penetração de luz, baixa concentração de OD e alto crescimento de algas foram intensificados por um grande vazamento nas tubulações de esgotos que passam pelo Campus, bem próximo ao açude. Análises recentes, realizadas em agosto do corrente ano, mostraram uma redução dos valores anteriormente encontrados, como uma forma de restabelecimento por autodepuração do Açude Santo Anastácio, que ainda resiste à falta de saneamento e urbanização desordenada.Universidade Federal do Ceará2021-11-11T19:43:42Z2021-11-11T19:43:42Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectapplication/pdfMOREIRA, Taina Dantas; MEDEIROS, Samuel Lucas Santos; BECKER, Helena. Causa da mortandade de peixes no Açude Santo Anastácio. Revista Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 1, n. 1, 2016. (Encontro de Extensão, 25)http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/61993Moreira, Taina DantasMedeiros, Samuel Lucas SantosBecker, Helenainfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)instname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFC2023-10-02T13:40:06Zoai:repositorio.ufc.br:riufc/61993Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufc.br/ri-oai/requestbu@ufc.br || repositorio@ufc.bropendoar:2024-09-11T18:22:15.901741Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Universidade Federal do Ceará (UFC)false
dc.title.none.fl_str_mv Causa da mortandade de peixes no Açude Santo Anastácio
title Causa da mortandade de peixes no Açude Santo Anastácio
spellingShingle Causa da mortandade de peixes no Açude Santo Anastácio
Moreira, Taina Dantas
Peixes - Populações - Efeito da qualidade da água
Barragens e açudes
Açude Santo Anastácio
title_short Causa da mortandade de peixes no Açude Santo Anastácio
title_full Causa da mortandade de peixes no Açude Santo Anastácio
title_fullStr Causa da mortandade de peixes no Açude Santo Anastácio
title_full_unstemmed Causa da mortandade de peixes no Açude Santo Anastácio
title_sort Causa da mortandade de peixes no Açude Santo Anastácio
author Moreira, Taina Dantas
author_facet Moreira, Taina Dantas
Medeiros, Samuel Lucas Santos
Becker, Helena
author_role author
author2 Medeiros, Samuel Lucas Santos
Becker, Helena
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Moreira, Taina Dantas
Medeiros, Samuel Lucas Santos
Becker, Helena
dc.subject.por.fl_str_mv Peixes - Populações - Efeito da qualidade da água
Barragens e açudes
Açude Santo Anastácio
topic Peixes - Populações - Efeito da qualidade da água
Barragens e açudes
Açude Santo Anastácio
description O açude Santo Anastácio, localizado no Campus do Pici, sofreu um de seus maiores episódios de desequilíbrio ambiental em abril de 2016, chamando atenção da comunidade acadêmica, população vizinha e mídia local. O açude sofre com despejos contínuos de esgotos domésticos, resíduos industriais e lixo, carreados desde a lagoa da Parangaba, tornando-o uma espécie de “lagoa de estabilização”. A morte em massa da população de peixes durante dois dias consecutivos, após uma quadra chuvosa, trouxe questionamentos acerca da principal causa da poluição. A utilização de uma sonda para medição de parâmetros físicos e químicos na água apontou que o Oxigênio Dissolvido (OD) chegou ao valor de 0,21 mg L-1 (Valor Máximo Permitido, VMP: 5,0 mg L-1 O2), ou seja, não existia oxigênio disponível no corpo lêntico. As análises de amostras de água levadas ao Laboratório de Análises Químicas (LAQUIM) constataram que os níveis de fósforo total, o maior responsável pela eutrofização e nutriente mais limitante foi de 1,369 mg L-1 (VMP: 0,03 mg L-1) e de nitrogênio total de 7,688 mg L-1 (VMP: 1,27 mg L-1), sendo que a maioria desses elementos estavam na forma orgânica. Os baixos resultados de nitrato (≤ LQ), nitrito (0,008 mg L-1; VMP: 1,0 mg L-1) e altíssimo valor de Demanda Química de Oxigênio (DQO) (137,2 mg L-1 O2; VMP: 5 mg L-1 O2), nos levaram a conclusão que houve um grande aporte de matéria orgânica no açude e que o foco de poluição estava bem próximo ao Campus. O alto nível de nutrientes, pouca penetração de luz, baixa concentração de OD e alto crescimento de algas foram intensificados por um grande vazamento nas tubulações de esgotos que passam pelo Campus, bem próximo ao açude. Análises recentes, realizadas em agosto do corrente ano, mostraram uma redução dos valores anteriormente encontrados, como uma forma de restabelecimento por autodepuração do Açude Santo Anastácio, que ainda resiste à falta de saneamento e urbanização desordenada.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016
2021-11-11T19:43:42Z
2021-11-11T19:43:42Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/conferenceObject
format conferenceObject
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv MOREIRA, Taina Dantas; MEDEIROS, Samuel Lucas Santos; BECKER, Helena. Causa da mortandade de peixes no Açude Santo Anastácio. Revista Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 1, n. 1, 2016. (Encontro de Extensão, 25)
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/61993
identifier_str_mv MOREIRA, Taina Dantas; MEDEIROS, Samuel Lucas Santos; BECKER, Helena. Causa da mortandade de peixes no Açude Santo Anastácio. Revista Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 1, n. 1, 2016. (Encontro de Extensão, 25)
url http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/61993
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Ceará
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Ceará
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
instname:Universidade Federal do Ceará (UFC)
instacron:UFC
instname_str Universidade Federal do Ceará (UFC)
instacron_str UFC
institution UFC
reponame_str Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
collection Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Universidade Federal do Ceará (UFC)
repository.mail.fl_str_mv bu@ufc.br || repositorio@ufc.br
_version_ 1813028718117912576