Interseções metodológicas entre a aprendizagem cooperativa e a educação ambiental: estudo de caso na Escola Indígena Índios Tapeba, Caucaia/Ce

• Autor(a) principal: Alves, Mariana Ferreira Ventura
• Data de Publicação: 2016
• Outros Autores: Melo, Brenda Rozendo, Abreu, Francisco Sócrates Costa de, Aragão, Lucelia Maria Santos
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
• Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/44948
• topic: Povo Tapeba; Metodologia de ensino; Princípios pedagógicos

O atual modelo de ensino propõe a razão como fator distintivo do ser humano, atribuindo-lhe um valor inquestionável na aquisição de conhecimento. No entanto, desde o séc. XIX, essa prioridade da razão é amplamente questionada, apontando-se fatores de diversas origens como decisivos na constituição socioeducativa de indivíduos em quaisquer contextos. Dentro dessa perspectiva, das relações interpessoais como uma parte fundamental no processo de aquisição cognitiva, encontramos duas abordagens que propõem avanços pedagógicos: a aprendizagem cooperativa e a educação ambiental. O modelo de aprendizagem cooperativa é baseado em cinco pilares para o desenvolvimento de habilidades, responsabilidades e o aprendizado para o trabalho em grupo por um objetivo comum. Tais características são comumente desenvolvidas nas experiências trazidas pela educação ambiental, visto que, se fundamenta em uma visão holística, ressaltando a interdependência entre sujeitos e destes com o ambiente, mais próxima da pluralidade do cenário real. Este trabalho objetiva encontrar possíveis interseções metodológicas existentes entre o modelo de aprendizagem cooperativa e a educação ambiental desenvolvida na Escola Indígena Índios Tapeba, na comunidade da Lagoa dos Tapeba, em Caucaia/CE, bem como realizar uma análise a fim de verificar se existem abordagens em ambas as experiências que podem contribuir para a melhoria do aprendizado. Para isso, foram realizadas observações in situ; análise dos planos de aula; entrevista com os educadores e aplicação de questionários com os alunos da escola. A partir da comparação realizada entre as duas abordagens, foram verificadas a existência de similaridades tanto metodológicas quanto de princípios e, dadas as diferenças, foi feita uma síntese a fim de sugerir melhorias a serem aplicadas na educação ambiental, com base na aprendizagem cooperativa.