As interfaces entre trabalhos doméstico e em domicílio no Recife oitocentistas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/49504 |
Resumo: | Nesta comunicação vamos observar como se configuravam as fronteiras entre trabalhos doméstico e domiciliar nos bairros centrais da capital da província de Pernambuco no oitocentos inscritas na dinâmica do comércio de abastecimento. Havia uma expressiva variedade de ligações entre unidade domiciliar e unidade de trabalho nas casas modestas e remediadas do centro urbano do Recife no século XIX; nas capitais do país a demanda pelo comércio de produtos e serviços era intensa e constituía uma das possibilidades de sobrevivência das famílias. Diante dessa configuração, cativas, libertas e livres pobres desempenhavam funções tanto nos “apartamentos para residência” para os seus moradores como na produção de gêneros para o comércio e na prestação de serviços ao público em geral. Esta separação não era clara na época. Havia uma fronteira muito tênue entre trabalho doméstico e serviço em domicílio nas casas mais modestas e remediadas. O núcleo urbano estava cheio dessas residências. Muitas das pessoas, mulheres e homens, que contavam com as trabalhadoras dos serviços pessoais eram negociantes. Elas eram representantes da elite, pequenas proprietárias e membros das camadas médias urbanas, e se dividiam entre donas de pequenos negócios como padarias, lojas de secos e molhados, de fazendas, de miudezas, de funileiro, de calçados, tabernas, depósitos de velas e de charutos, armazéns; donas de hotéis, casas de pasto, sítios nos arrabaldes, boticas, entre outros negócios e propriedades. Eram também professores, estudantes, funcionários públicos civis e militares. |
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